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A greve das forças de segurança argentinas em reivindicação de melhoras salariais completa neste sábado (6) seu quinto dia, enquanto o governo puniu vários porta-vozes dos policiais e interditou a área jurídica da Gendarmaria (espécie de polícia do exército dedicada à fronteira e às estradas).

O gendarme Raúl Maza, um dos porta-vozes do protesto, explicou neste sábado (6) que recebeu um telegrama que notificava seu "passe de disponibilidade", o que significa "a etapa anterior a receber baixa", disse.

A punição, que segundo Maza atinge outros dois porta-vozes do protesto, "é uma medida para ver se nos calamos, mas não vamos abandonar a reivindicação", acrescentou o gendarme em declarações a uma emissora local.

Pela primeira vez na história da Prefeitura (guarda costeira) e da Gendarmaria argentinas, os dois corpos se uniram com mobilizações nas ruas para reivindicar um piso salarial de 7 mil pesos (cerca de R$ 3 mil) e garantias de que não haverá represálias aos participantes das concentrações.

Apenas algumas dezenas de oficiais mantinham hoje o protesto em frente às sedes de Prefeitura e da Gendarmaria em Buenos Aires, depois que, segundo informaram hoje veículos locais, o governo os pediu ontem à noite para abandonar as manifestações na via pública para facilitar o diálogo.

Enquanto isso, o Ministério de Segurança anunciou a intervenção da direção de assuntos jurídicos de Gendarmaria após analisar várias auditorias sobre a liquidação dos salários de setembro de agentes de Gendarmaria e Prefeitura (guarda costeira).

O governo de Cristina Kirchner, que anunciou que responderá às reivindicações dos agentes na próxima terça-feira, buscou atribuir a responsabilidade do conflito à cúpula de Gendarmaria e à Prefeitura e exonerou 20 gerais um dia após o início do protesto.

As reivindicações das forças de segurança, no total integradas por mais de 40 mil agentes, significariam um custo anual adicional próximo a 4 bilhões de pesos (mais de R$ 1,7 bilhão).

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