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O governo ucraniano rejeitou nesta segunda-feira uma proposta para retirar seus soldados cercados na cidade estratégica de Debaltseve, entre Donetsk e Luhansk. Apesar do cessar-fogo que entrou em vigor na madrugada de domingo, o comando militar ucraniano informou que os rebeldes pró-russos atacaram as suas forças 112 vezes desde o início da trégua. Os separatistas, por sua vez, acusaram as tropas leais a Kiev de atacar o aeroporto de Donetsk, sob controle rebelde.

Os combates intensos ao redor da cidade estratégica, onde de 6 mil a 10 mil militares ucranianos estão cercados, levam o cessar-fogo à beira de um colapso. Com isso, a prometida retirada de armamento pesado pelos dois lados, que deveria começar nesta segunda-feira, ainda não saiu do papel.

Kiev afirmou que não recolherá as armas enquanto suas tropas continuarem sendo alvo. Segundo o comando militar, foram mais de cem ataques ataques desde o início de domingo. Os separatistas, por sua vez, acusaram as tropas do Exército ucraniano de atacar o aeroporto de Donetsk, sob controle rebelde. Uma fonte no governo disse ainda que havia combates na cidade portuária de Mariupol.

— De acordo com os Acordos de Minsk, Debaltseve é nossa. Não vamos partir — declarou o porta-voz do Exército, Vladislav Seleznyov, dizendo que os soldados não sairiam da cidade, deixando suas armas para trás, como exigem os rebeldes.

Segundo o comando militar, cinco soldados ucranianos foram mortos e 25 ficaram feridos desde que a trégua teve início. "A pré-condição da retirada de armamento pesado é cumprir o primeiro ponto dos acordos de Minsk — o cessar-fogo. Cento e doze ataques não são um indicador de cessar-fogo. No momento, não estamos prontos para retirar as armas pesadas", declarou Lysenko em um comunicado.

Os comandantes rebeldes também afirmam não haver base para a retirada de armas pesadas da zona de combate.

— O armamento pesado será retirado se os acordos de Minsk forem observados. As condições não estão sendo cumpridas — afirmou o porta-voz da defesa rebelde, Eduard Basurin.

O acordo de Minsk entre Ucrânia, Rússia, Alemanha e França determinou o início de uma trégua a partir de 0h de domingo e a deposição de armas pesadas por ambos os lados.

Observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) estavam tentando entrar em Debaltseve, depois de terem o acesso negado no domingo pelos rebeldes. Segundo os separatistas, como eles cercaram a cidade, ela pode ser considerada deles.

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