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Estudantes do Ensino Médio bloqueiam a entrada do colégio Thiers para protestar contra a reforma previdenciária, em Marselha | Reuters
Estudantes do Ensino Médio bloqueiam a entrada do colégio Thiers para protestar contra a reforma previdenciária, em Marselha| Foto: Reuters

Paris - Caminhoneiros fizeram operação padrão, trens foram cancelados e postos ficaram sem combustível na segunda-feira na França, em mais um dia de protestos às vésperas de o Senado votar o polêmico projeto de reforma previdenciária.

Na terça-feira, a greve deve ser geral, afetando inclusive aviação e correios. O Senado deve votar na quarta-feira o projeto que eleva de 60 para 62 anos a idade mínima de aposentadoria e de 65 para 67 anos para recebimento do salário integral.

Após enfrentar meses de protestos, o governo de centro-direita diz que não vai recuar, e prometeu que a infraestrutura nacional não será afetada pelas paralisações. Mas a greve nas refinarias, que já dura uma semana, causa falta de combustível nos quase 12.500 postos do país.

"A situação está crítica", disse uma porta-voz da Exxon Mobil. "Quem procura diesel nas regiões de Paris e Nantes (oeste) terá problemas."

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, que participou na cidade litorânea de Deauville de uma reunião com os líderes de Alemanha e Rússia, disse que não vai ceder. "A reforma é essencial, e a França está comprometida em fazê-la e levá-la adiante, assim como fizeram nossos parceiros alemães", afirmou.

Só 13 por cento dos ferroviários se mantêm em greve na segunda-feira, mas nas 12 refinarias do país a paralisação chega ao seu sétimo dia, com protestos afetando também centros de distribuições de combustível no país inteiro.

A entidade setorial Ufip disse que a França pode ter sérios problemas de abastecimento de combustíveis nesta semana, o que obrigaria o governo a usar as reservas emergenciais.

O DGAC, órgão que controla a aviação civil, pediu às companhias aéreas que reduzam na terça-feira em 50 por cento as suas operações no aeroporto de ParisOrly e em 30 por cento no resto do país.

A greve de terça-feira será a sexta grande paralisação combinada com manifestações de rua convocadas pelas centrais sindicais desde junho, mas a inquietação trabalhista se intensificou a partir da semana passada, quando os ferroviários e os petroleiros iniciaram uma greve por tempo indeterminado, à qual aderem agora caminhoneiros e entregadores.

O governo salientou que o país tem reservas de combustível suficientes, e que os aeroportos em especial possuem amplos estoques.

"O governo está no controle", disse o ministro da Indústria, Christian Estrosi.

"Não haverá nenhum bloqueio para as companhias, nenhum bloqueio para os transportes e nenhum bloqueio para usuários das estradas."

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