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Washington – Kenneth Lay, ex-diretor e fundador da corretora do setor de energia Enron – considerado culpado pela falência do grupo –, morreu aos 64 anos de idade, informaram ontem os canais norte-americanos de televisão. Ele teria falecido pela manhã em Aspen, Colorado, segundo a família.

A CNBC informou que Lay morreu por causa de um ataque cardíaco. O ex-diretor de 64 anos e o ex-presidente da companhia Jeffrey Skilling foram declarados culpados em 25 de maio passado por fraude e conspiração para enganar os investidores da Enron. A sentença para ambos os protagonistas de um dos piores escândalos financeiros dos Estados Unidos estava prevista para 23 de outubro.

Conhecido ativista republicano, Lay foi considerado culpado por seis acusações de fraude e conspiração. O ex-diretor poderia pegar um máximo de 165 anos de prisão.

A falência da Enron, cuja capitalização na bolsa um pouco antes de sua falência atingiu os US$ 100 bilhões, foi representativa dos excessos das empresas americanas no final dos anos 90.

Segundo a SEC (Securities and Exchange Commission, órgão regulador do mercado financeiro americano), a Enron criara parcerias com empresas e bancos que permitiram manipular o balanço financeiro e esconder débitos bilionários. O colapso da Enron foi apenas o primeiro de uma série. Depois da Enron seguiram-se as quebras na WorldCom, da Global Crossing e da Adelphia. A onda de fraudes levou à aprovação da Lei Sarbanes-Oxley, que visa a coibir crimes fiscais e práticas ilícitas de corporações americanas.

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