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Jerusalém - Binyamin Netanyahu, líder do direitista Likud e designado para formar o próximo governo israelense, anunciou ontem que manterá negociações de paz com os palestinos, embora sem citar como solução a formação de dois Estados.

"Negociarei com a Autoridade Nacional Palestina a paz", disse Netanyahu em uma conferência em Jerusalém, como informou a versão digital do jornal Haaretz. Segundo o líder da direita israelense, "a segurança, a prosperidade e a paz estão relacionadas".

Por isso, ele diz apostar na melhora do desenvolvimento econômico dos territórios palestinos para avançar rumo à paz, sem se referir, porém, à criação de um Estado palestino, solução que é a aposta tanto da comunidade internacional.

O comitê central do Partido Trabalhista aprovou na terça-feira um acordo para entrar na coalizão de governo, em uma decisão que foi tomada com a condição de que o próximo Executivo desenhe um plano de paz, continue as negociações com os palestinos e respeite os acordos assinados por Israel no passado.

Antes do pleito de 10 de fevereiro, Netanyahu se limitava a apostar em uma "paz econômica’’, sem fazer referências a negociações de paz ou ao fim da ocupação dos territórios palestinos.

Crime de guerra

A ONG Human Rights Watch (HRW) publicou relatório ontem em que aponta o uso indiscriminado de fósforo branco em áreas densamente povoadas na operação militar israelense de 22 dias contra o grupo islâmico Hamas na faixa de Gaza.

A entidade citou "provas de crimes de guerra" e cobrou investigação da ONU.

O emprego do agente químico é admitido em regiões sem grandes concentrações populacionais, onde não há risco de produzir queimaduras em civis.

A HRW registrou que foi usado contra um hospital de Gaza, um prédio da ONU, uma escola e um mercado. O Exército disse ter atuado dentro dos limites das leis internacionais.

Os militares israelenses também apresentaram hoje sua lista de mortos na ação – que difere da contagem e identificação feitas pelos palestinos: 1.434 (960 civis, 239 policiais e 235 combatentes).

O Exército listou 1.370 mortos e disse ter identificado 1.249 deles, dos quais 309 foram considerados civis. A relação apontou que "mais de 600" eram militantes. E registrou 14 mortos do grupo palestino laico Fatah, supostamente executados pelo Hamas.

Não foi a única acusação contra o grupo islâmico. A Comissão Independente por Direitos Humanos palestina disse que um detento da polícia controlada pelo Hamas foi torturado e acabou morto em consequência disso.

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