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Uma corte de Mianmar admitiu nesta sexta-feira (4) que a líder oposicionista Aung San Suu Kyi, prêmio Nobel da Paz, recorra da decisão que impôs a ela 18 meses de prisão domiciliar, informou Nyan Win, um de seus advogados. A corte de Rangum marcou para o dia 18 a apelação, após ser feita a solicitação formal, disse Nyan Win. Uma corte inferior culpou em 11 de agosto Suu Kyi, de 64 anos, pela violação dos termos de sua detenção. Ela permitiu que um norte-americano se alojasse em sua residência sem autorização do regime. O norte-americano nadou até sua casa sem ter sido convidado.

Após o incidente, Suu Kyi foi sentenciada a três anos de prisão com trabalhos forçados. Mas logo a pena foi comutada para 18 meses de prisão domiciliar, por ordem do general Than Shwe, chefe da junta militar que governa Mianmar. Ela considerou a sentença injusta e questiona a imparcialidade da corte. A apelação defende que a punição é inválida, pois partiu de uma Constituição abolida há 20 anos pela junta militar. A prêmio Nobel da Paz passou 14 de seus últimos 20 anos na prisão, por sua luta para restituir a democracia no país.

O norte-americano John Yettaw foi sentenciado a sete anos de prisão, mas depois liberado por motivo humanitário e, por fim, deportado em 16 de agosto. Com a sentença, Suu Kyi não poderá participar das eleições do ano que vem. O partido dela ganhou com folga as eleições de 1990, mas a junta militar, no poder desde 1962, não reconheceu os resultados.

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