Em estudo da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, revela que geleiras podem ajudar no crescimento de montanhas em latitudes elevadas como no caso da Cordilheira dos Andes.
O estudo, a ser publicado na próxima edição da revista Nature, contradiz boa parte do conhecimento sobre glaciares como responsáveis pela erosão de formações rochosas e pela criação de vales.
Segundo os pesquisadores, no caso da Patagônia argentina, a ação das geleiras fizeram o inverso, protegendo a cordilheira de 25 milhões de anos de idade, fornecendo a primeira evidência de que glaciares inibem o crescimento de montes.
O segredo para o comportamento diferente pode estar no clima. A descoberta contraria a visão comum de glaciares como agentes de erosão, especialmente quando os montes ultrapassam a linha de neve eterna, acima da qual as geleiras ficam permanentemente congeladas.
Essa configuração faz com que o gelo deslize montanha abaixo, erodindo as rochas e diminuindo a altura da cordilheira como um todo.
Ao estudar o caso das latitudes mais elevadas da região da Patagônia, os cientistas descobriram que as rochas presentes eram mais velhas do que o esperado, indicando que as geleiras podem não ter descido das montanhas.
Ao invés disso, os glaciares podem ter ajudado as montanhas a crescerem ainda mais, funcionando como uma espécie de "armadura" contra a erosão.
O próximo passo do grupo de pesquisadores norte-americanos é tentar descobrir como o clima pode calibrar a erosão em regiões com grandes latitudes e estudar como as montanhas desses locais são formadas e mantidas.
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