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Manifestante enfrenta soldados em Silivri, na Turquia | Murad Sezer/Reuters
Manifestante enfrenta soldados em Silivri, na Turquia| Foto: Murad Sezer/Reuters

Um tribunal turco condenou ontem à prisão perpétua um ex-chefe do exército e pelo menos outras 12 pessoas em um megajulgamento contra 275 acusados de conspirar contra o governo islamista-conservador de Recep Tayyip Erdogan.

O ex-chefe do Estado-Maior do exército turco entre 2008 e 2010, general Ilker Basbug, 70 anos, foi condenado à prisão perpétua por tentativa de golpe de Estado.

A mesma pena por "tentativa de derrubar a ordem constitucional pela força", segundo o tribunal, recaiu sobre o ex-chefe da polícia, Sener Eruygur, e o ex-comandante do primeiro regimento Hursit Tolon, assim como sobre o jornalista Tuncay Özcan e o chefe do pequeno Partido dos Trabalhadores (PT, nacionalista), Dogu Perinçek.

O jornalista Mustafá Balbay foi condenado a 35 anos de prisão. A sentença foi de 12 anos para o ex-reitor Mehmet Haberal. Sessenta e seis acusados esperam o veredicto presos.

O tribunal também absolveu 21 dos 275 dos réus desse megaprocesso, que foi denunciado pela oposição laica como uma caça às bruxas com o objetivo de calar as críticas contra o atual governo do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP).

Cerca de dez mil manifestantes antigovernamentais se reuniram diante do tribunal de Silivri, onde foram registrados confrontos com a polícia, que lançou gases lacrimogêneos para dispersá-los.

Exibindo bandeiras nacionais e retratos de Mustafá Kemal Ataturk, o pai da república laica, os manifestantes pediam o fim do fascismo e a renúncia do governo.

O início do caso remonta a junho de 2007, depois de uma operação antiterrorista em um bairro humilde de Istambul, onde foram achados armas e explosivos. O processo ficou conhecido como "caso Ergenekon", nome da rede ultranacionalista e secularista que faz oposição a Erdogan.

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