Governistas podem decidir candidato para a próxima eleição na semana que vem

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Danilo Astori e José Mujica, os dois principais pré-candidatos à presidência do Uruguai pela coalizão governista de centro-esquerda Frente Ampla, estarão presentes na semana que vem em Buenos Aires em um seminário que, segundo analistas, pode ser o marco propício para que ambos avancem em um acordo para as eleições gerais de 2009.

O ex-dirigente tupamaro (Mujica) - que não definiu ainda se deseja se candidatar - e o ex-ministro da Economia vão discursar no dia 30 de setembro na capital argentina em um seminário da Fundação Líber Seregni, informaram fontes da aliança ao jornal El Observador.

Mujica e Astori são os dois políticos governistas melhor posicionados nas pesquisas de opinião de voto para as eleições do próximo ano. Uma pesquisa recente feita pela consultora Cifra mostrou que entre os eleitores da Frente Ampla, cerca de 49% declararam voto ao veterano dirigente tupamaro e cerca de 32% ao ex-ministro.

A Cifra apontou também que se as eleições fossem hoje no Uruguai haveria um segundo turno, já que enquanto a aliança de esquerda obtém cerca de 43% das intenções de voto, o opositor Partido Nacional possui 37% de adesão popular.

O presidente Tabaré Vázquez, que rejeitou disputar a reeleição, expressou publicamente sua preferência pelo binômio Astori-Mujica, nessa ordem, como "chapa ganhadora" da Frente, que vai realizar seu Congresso em dezembro com a intenção de definir por consenso seus candidatos.

Astori terá seu primeiro ato popular de campanha no dia 4 de outubro e Mujica, segundo pessoas próximas citadas pelo jornal El Observador, espera fechar dentro de duas semanas um acordo com o ex-ministro que poderá contemplar, segundo as fontes, a eventual designação de um homem de sua confiança para a chapa.

Setores da Frente Ampla planejam também a formação, frente à possibilidade de não se alcançar um acordo Mujica-Astori, de uma chapa de consenso integrada pelo governador do departamento (estado) de Canelones, Marcos Carámbula, e pelo ministro da Indústria, Daniel Martínez. As informações são da Ansa.