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O presidente da Bolívia, Evo Morales, iniciou, nesta quinta-feira (18), um diálogo com líderes opositores regionais em uma tentativa de encerrar a crise política após violentos confrontos deixarem 15 mortos na semana passada. O diálogo começou a portas fechadas, em um balneário a sete quilômetros de Cochabamba, cidade 230 quilômetros a leste de La Paz. Delegados internacionais também participam do encontro.

As partes firmaram um pacto de trégua, que determinou a suspensão dos protestos para o início das conversações. Participam como observadores representantes da União Européia (UE), da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), da Organização dos Estados Americanos (OEA) e também religiosos.

Oito governadores estavam presentes. A Bolívia possui nove departamentos (Estados), porém o governador de Pando, Leopoldo Fernández, está detido em La Paz desde anteontem, acusado de incitar os distúrbios em sua região, na qual ocorreram 15 mortes na quinta-feira da semana passada.

O porta-voz presidencial, Iván Canelas, antecipou que as conversas ocorrerão em três mesas de debate. Será discutido o projeto constitucional, rechaçado pela oposição, e também o tema das autonomias regionais, desejo dos departamentos opositores, ao qual se opõe Morales. Outro tema de discórdia foi a atitude do governo central de utilizar parte do imposto sobre hidrocarbonetos para financiar uma pensão para idosos - os oposicionistas querem controlar o valor integral desses impostos.

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