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O chanceler Carlos López considerou as propostas  apresentadas “inaceitáveis” | Mayela Lopez/AFP
O chanceler Carlos López considerou as propostas apresentadas “inaceitáveis”| Foto: Mayela Lopez/AFP

San José, Costa Rica - Fracassou a segunda rodada de negociações para resolver a crise política em Honduras. O chanceler do governo interino de Honduras, Carlos López, qualificou na noite de ontem como "inaceitáveis" as propostas apresentadas pelo mediador da crise, o presidente da Costa Rica, Oscar Arias.

"Querido mediador. Eu sinto muito, mas as propostas que o senhor apresenta são inaceitáveis", disse López em coletiva de imprensa na capital da Costa Rica, observado por Arias enquanto dava as declarações.

López disse que o plano de Arias é uma "intromissão nos assuntos de Honduras". Já Rixi Moncada, um dos representantes da delegação do presidente deposto Manuel Zelaya, disse que a "intransigência" do governo interino colocou um fim ao processo de mediação política do conflito, feito por Arias. Antes da coletiva, o governo interino de Honduras prorrogou até hoje o toque de recolher vigente no país.

Motivos

A segunda rodada terminou em impasse porque o governo do presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, não aceita que o presidente deposto do país, Manuel Zelaya, volte a ocupar a presidência hondurenha, mesmo que seja apenas até janeiro de 2010. Zelaya foi derrubado por um golpe de estado no dia 28 de junho e naquele mesmo dia o Congresso empossou Micheletti na presidência. Micheletti chefiava o Congresso.

A delegação que representa Micheletti só aceitou a volta de Zelaya para que ele seja julgado. Após acalorados discursos dos porta-vozes Arturo Corrales, em nome do governo interino de Micheletti, e de Aristides Mejía, que representa o presidente deposto Zelaya, a delegação de Micheletti divulgou cópias da sua contraproposta.

Embora tenha aceito alguns dos sete pontos sugeridos pelo presidente da Costa Rica, a delegação de Micheletti foi inflexível em outros. Ela aceitou a volta de Zelaya, mas para que o presidente deposto, ao qual identificou como "cidadão", responda ante a Justiça "com as garantias necessárias" de que receberá "um processo justo".

A delegação de Micheletti aceitou a formação de um governo de unidade nacional e também concordou em antecipar as eleições, além da formação de uma comissão observadora da situação política em Honduras.

Em Manágua, a chanceler deposta de Zelaya, Patricia Rodas, assegurou mais cedo neste domingo que se a negociação fracassar, "nós marcharemos a Honduras".

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