• Carregando...
Venezuelanos tomam café da manhã em paróquia de Pacaraima (RR) | MAURO PIMENTEL/AFP
Venezuelanos tomam café da manhã em paróquia de Pacaraima (RR)| Foto: MAURO PIMENTEL/AFP

O governo federal pretende realocar, em outros estados, 1.000 venezuelanos que estão em abrigos nas cidades de Boa Vista e Pacaraima. O anuncio foi feito pela subchefe substituta da Casa Civil, Viviane Ese, que integrou o grupo interministerial que visitou a fronteira entre o Brasil e a Venezuela, nesta terça-feira. As informações são da Agência Brasil.

Por se situar na fronteira, Pacaraima tem recebido milhares de venezuelanos desde a intensificação da crise política e econômica no país vizinho. A maioria dos imigrantes está vivendo nas ruas. As tensões são grandes na cidade. No sábado, brasileiros e venezuelanos entraram em confronto. 

Desde o início do ano, já foram interiorizados 820 pessoas para diferentes estados do Brasil. 

Segundo Viviane, na próxima etapa do programa de transferência os venezuelanos sairão de Roraima em voos marcados para o fim de agosto e início de setembro, prioritariamente para a Região Sul. As cidades ainda não foram divulgadas. Oito em cada dez venezuelanos que entraram no país por Pacaraima querem deixar a região.

O governo federal anunciou a construção de um novo abrigo de transição entre as cidades de Boa Vista e Pacaraima, além da ampliação do número de vagas nos abrigos existentes. O início da obra será imediato, segundo a representante da Casa Civil. 

O secretário Nacional de Segurança Pública, Flávio Basílio, informou que mais 60 homens da Força Nacional foram enviados hoje (21) a Roraima para apoiar o trabalho da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Exército. Eles saíram de Brasília, com 16 viaturas e um ônibus. Na segunda, chegaram em Boa Vista os primeiros 60 homens da Força Nacional.  O governo federal descarta o fechamento da fronteira, apesar do pedido do governo de Roraima.

Visita

Uma equipe técnica com representantes de 11 ministérios esteve nesta terça em Pacaraima para avaliar a situação e levantar informações para adoção de novas medidas para ajudar os imigrantes venezuelanos. Eles se encontraram com representantes das agências da Organização das Nações Unidas (ONU) que tratam de refugiados e com agentes sociais que prestam assistência aos estrangeiros 

Uma das entidades que participou dos encontros é a Fraternidade - Federação Humanitária Internacional, responsável pela coordenação de quatro abrigos de venezuelanos, em Boa Vista, e um abrigo de imigrantes indígenas em Pacaraima. 

Segundo Ricardo Rinaldi, coordenador de emergências e ajuda humanitária da Fraternidade, ainda entram em Roraima cerca de 500 venezuelanos por dia, e, segundo ele, o estado não tem mais condições financeira e estrutural para acolher de forma adequada todos os imigrantes que estão na fila aguardando abrigo.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]