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O Governo do Sudão rejeitou neste sábado (15) um pedido oficial dos Estados Unidos para a entrada de oficiais da Marinha para reforçar a segurança da embaixada americana em Cartum, onde inúmeros atos violentos foram registrados nesta sexta-feira (14).

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Sudão, Al Obeid Merauah, explicou em entrevista à imprensa que a Secretaria de Estado americano solicitou o desdobramento de uma unidade de marines "com a desculpa de reforçar a segurança de sua embaixada", mas Cartum não aceitou.

Diante das agressões contra suas legações diplomáticas, Washington enviou marines à Líbia, onde o embaixador Chris Stevens morreu na última terça em um ataque armado em Benghazi, e ao Iêmen.

Merauah, por sua vez, indicou que o ministro das Relações Exteriores do Sudão, Ali Karti, se desculpou por não atender a solicitação americana e alegou que a polícia sudanesa é suficiente para proteger todas as representações diplomáticas em Cartum.

Ontem, depois de tentarem invadir a embaixada dos EUA em protesto contra o vídeo que satiriza a imagem do profeta Maomé, milhares de manifestantes muçulmanos atacaram as embaixadas da Alemanha e do Reino Unido.

Nestes incidentes, pelo menos três pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas depois que as forças antidistúrbios enfrentaram os manifestantes para evitar que os mesmos invadissem a legação diplomática americana.

Por sua parte, o porta-voz da polícia sudanesa, o general Al Ser Ahmad Omar, informou hoje que a situação em Cartum era tranquila e que suas forças estão dispostas a impedir que as manifestações sejam aproveitadas para gerar caos.

Além disso, Omar revelou que muitos "criminosos" foram detidos na última sexta e que já estão sendo interrogados para serem sancionados.

Apesar da rede terrorista Al Qaeda na Península Arábica ter pedido novos protestos para expulsar os embaixadores americanos dos países muçulmanos, a maioria das cidades que registram distúrbios na violenta jornada de ontem amanheceram em calma hoje.

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