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Begoña Gómez, esposa de Sánchez, em novembro do ano passado
Begoña Gómez, esposa de Sánchez, em novembro do ano passado| Foto: EFE/ Juan Carlos Hidalgo

O grupo católico Hazte Oír apresentou nesta sexta-feira (26) uma denúncia contra Begoña Gómez, esposa do presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, por tráfico de influência, no mesmo tribunal de Madri que aceitou para trâmite esta semana uma ação similar movida pelo movimento conservador Mãos Limpas.

O Hazte Oír apresentou a denúncia contra Begoña Gómez para ampliar a já apresentada pelo Mãos Limpas e a expectativa é que o juiz Juan Carlos Peinado, que admitiu a ação do grupo conservador, a acrescente ao procedimento já aberto.

Assim como no caso da primeira, a denúncia baseia-se em supostos fatos “publicados por numerosos meios de comunicação social que, salvo erros desta parte, não foram desmentidos”.

No entanto, ao contrário do Mãos Limpas, destrincha o que estes meios de comunicação publicam e constrói um histórico de acontecimentos que, em sua opinião, constituem um crime de tráfico de influência.

O documento apresentado pelo Mãos Limpas afirma que, aproveitando a sua posição, Begoña Gómez teria recomendado ou endossado com a sua assinatura empresários que concorrem a licitações públicas.

Um dos empresários vencedores de uma licitação no valor de 10 milhões de euros organizou posteriormente um mestrado dirigido por Begoña Gómez no Africa Center, do centro de estudos Instituto de Empresa.

Segundo o Mãos Limpas, a companhia aérea espanhola Air Europa “aceitou pagar 40 mil euros por ano ao Africa Center” e “o acordo entre a Globalia [dona da companhia aérea] e o Instituto de Empresa previa a entrega de 15 mil euros por ano em voos de primeira classe para a acusada e sua equipe”.

A nova denúncia surge depois de o Ministério Público de Madri ter solicitado nesta quinta-feira (25) o arquivamento do inquérito aberto contra a mulher de Sánchez, por considerar que “não apresenta quaisquer provas que justifiquem a abertura de um processo penal”.

A polêmica em torno de Begoña Gómez fez com que Sánchez anunciasse na última quarta-feira (24) que cancelou sua agenda durante cinco dias para “refletir” se deve continuar ou não à frente do Executivo, uma decisão que comunicará na próxima segunda-feira (29).

Depois de Sánchez ter comunicado sua decisão aos cidadãos através de uma carta na rede social X, membros do governo e outros líderes socialistas e de esquerda lhe manifestaram seu apoio.

Por sua vez, a oposição conservadora, encabeçada pelo partido Vox, acusou o premiê socialista de ser “vitimista”.  (Com Agência EFE)

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