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Guaidó e narcoparamilitares
Guaidó pousou para fotos com líderes narcoparamilitares da Colômbia em fevereiro| Foto: Reprodução/Twitter

Em uma entrevista à emissora colombiana Blu Rádio, o líder da oposição venezuelana Juan Guaidó, reconhecido como presidente da Venezuela pelo Brasil, falou sobre as fotos que estão circulando nas redes sociais, nas quais ele aparece posando ao lado de dois líderes do grupo narcoparamilitar colombiano Los Rastrojos.

As imagens foram feitas em 22 de fevereiro, em uma trilha clandestina entre a Venezuela e a Colômbia, por onde Guaidó passou para ir ao país vizinho enquanto estava proibido de deixar o país - naquele dia o venezuelano participou do concerto Live Aid, na Colômbia, contra a ditadura de Nicolás Maduro. Os dois homens que aparecem com ele são conhecidos como "el Brother" e "el Menor" e, segundo a polícia de Cúcuta, são líderes da quadrilha.

As fotos foram divulgadas por uma organização que investiga conflitos na fronteira entre Venezuela e Colômbia, chamada Progresar. O diretor da fundação, Wilfredo Cañizares, disse que ouviu relatos de moradores da região que denunciaram que os dois criminosos os obrigaram a ficar dentro de suas casas até que funcionários da prefeitura de Cúcuta fossem buscar Guaidó.

Ao se defender, o venezuelano negou que sua entrada na Colômbia tenha sido facilitada por grupos criminosos. Ele disse que, quando cruzaram a fronteira, cumprimentaram “cidadãos e parte da equipe que me esperava em solo colombiano". Ele também disse que "é difícil discriminar quem pediu fotos naquele dia, havia muitas pessoas". Segundo ele, durante sua chegada à Colômbia, teve que passar por vários cursos do rio, teve que descer em vários pontos e, nesses momentos, “centenas de pessoas” pediram fotos. Entre eles, os dois criminosos.

"Hoje vemos que era um grande risco, mas valeu a pena porque queríamos trazer ajuda humanitária", disse Guaidó. Para ele, as pessoas que divulgaram as imagens fazem isso para atacar a ele e ao presidente colombiano Iván Duque.

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