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Cano: morte de seus protetores pode ter sido um duro golpe | Felipe Caicedo/Arquivo Efe
Cano: morte de seus protetores pode ter sido um duro golpe| Foto: Felipe Caicedo/Arquivo Efe

Pelo menos 12 guerrilheiros morreram na madrugada do do­­mingo na Colômbia em um ataque surpresa das Forças Ar­­madas contra um grupo que fazia a segurança de Alfonso Ca­­no, o líder má­­ximo das Forças Ar­­madas Revo­­lucionárias da Colômbia (Farc). A ofensiva, uma das mais contundentes na campanha de perseguição a Cano, cujo nome real é Guil­­lermo León Sáenz, ocorreu à 1 h (ho­­rário local) em uma zona mon­­tanhosa do departamento de To­­lima, no sul do país, poucas horas depois de pelo menos quatro pessoas terem morrido em uma ação da guerrilha em outra região co­­lombiana.

Segundo um porta-voz da Po­­lícia Nacional, dois membros da instituição e dois civis morreram no sábado na localidade de Suá­­rez, no departamento de Cauca, no sudoeste do país, por um ataque da guerrilha das Farc.

O presidente colombiano, Al­­varo Uribe, destacou que no ataque contra os grupos que rodeiam Cano, que ocorreu a uns 2.500 me­­tros acima do nível do mar, morreu uma guerrilheira conhecida como Mayeri, que teria sido responsável pela morte de 70 soldados e policiais nos últimos oito anos.

"Essa coluna fazia parte do anel de segurança do narcoterrorista Alfonso Cano", afirmou Uri­­be em uma declaração. "As Forças Armadas estão fazendo um esforço imenso para devolver a este país a paz e a segurança."

Uribe deixará o poder em 7 de agosto, quando tomará posse Juan Manuel Santos, seu ex-ministro da Defesa. As Farc são a principal guerrilha da Colômbia e contra as quais o governo do presidente Ál­­varo Uribe dirigiu sua política de "segurança democrática", que lida com mão-de-ferro com os gru­­pos armados ilegais. Segundo estimativas oficiais, as Farc passaram de 17.000 combaten­­tes no fim dos anos 1990 a 7.500 atualmente.

Em outro conflito, dez soldados colombianos morreram ontem em batalha na província de Arauca, fronteira com a Ve­­nezuela. Os confrontos no centro e no Leste da Colômbia ocorreram um dia depois de três outros ataques atribuídos às Farc, que mataram três policiais, dois soldados e dois civis.

Indenização

Ainda ontem, o advogado da ex-senadora e ex-refém das Farc In­­grid Betancourt divulgou nota em que afirma não ter processado o Estado da Colômbia e estar procurando uma "reconciliação".

Na sexta-feira, Ingrid disse estar pedindo indenização ao governo de US$ 6,5 milhões por ter sido sequestrado e mantida em cativeiro por seis anos.

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