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O candidato Guillermo Lasso comemora sua vitória nas eleições presidenciais do Equador| Foto: Fernando Mendez/AFP

Guillermo Lasso, candidato de direita, venceu o adversário Andrés Arauz no segundo turno deste domingo (11) e foi eleito presidente do Equador. Com 98% das urnas apuradas, Lasso obteve 52,4% dos votos válidos, enquanto o afilhado político do ex-presidente Rafael Correa obteve 47,5% dos votos. A posse do novo presidente e de seu vice, Alfredo Borrero, será em 24 de maio.

"Obrigado do fundo do meu coração por me dar a oportunidade de ser seu presidente e poder servi-los", disse Lasso a seguidores em Guayaquil. "A partir do dia 24 de maio assumiremos o desafio de mudar o destino de nossa pátria e conseguir para todo o Equador as oportunidades e a prosperidade que todos almejamos".

A vitória do candidato liberal, ex-banqueiro, foi uma virada. No primeiro turno da eleição presidencial do Equador, realizado em 7 de fevereiro, Lasso, de 65 anos, fez 13 pontos percentuais a menos do que Arauz, ficou em segundo lugar e por pouco não perdeu a posição para o candidato indígena Yaku Pérez, que não apoiou nenhuma chapa durante a campanha do segundo turno.

Lasso é descrito como o candidato liberal – ele propõe uma intervenção mínima do Estado na área econômica – e ligado aos conservadores, em termos de valores sociais. Durante a campanha do segundo turno, fez um aceno a setores progressistas da sociedade, como comunidade LGBTQ, ambientalistas e ativistas, prometendo igualdade de gênero, defesa da natureza e dos animais e combate à discriminação com base na orientação sexual.

Arauz e Correa reconheceram a derrota e saudaram o presidente eleito. "Vou telefonar para o senhor Lasso, felicitá-lo pela sua vitória eleitoral de hoje e vou mostrar-lhe as nossas convicções democráticas (...) Hoje não é o fim, é o início de uma nova etapa de reconstrução do poder popular, tão necessária ao nosso país", disse Arauz.

Correa desejou sorte a Lasso e pediu que o novo presidente do Equador interrompa a perseguição por meio da justiça no país. "Acreditávamos honestamente que estávamos vencendo, mas nossas projeções estavam erradas. Boa sorte a Guillermo Lasso, seu sucesso será o do Equador. Só peço que parem com o lawfare, que destrói vidas e famílias", disse Correa, que vive na Bélgica e alega ser perseguido pelo governo de seu ex-aliado e sucessor, o atual presidente Lenín Moreno.

Em seu discurso da vitória, Lasso disse que quer que os equatorianos não tenham medo de ter opiniões diferentes das do presidente. "Não cheguei com uma lista de quem perseguir, nem ver na prisão. Quero ver todos do equatorianos livres, que não tenham medo do governo, que não tenham medo de divergir com o presidente da República, que expressem suas opiniões com liberdade".

De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral do Equador, a votação neste domingo foi tranquila, com a participação de mais de 10,5 milhões de eleitores, um comparecimento de mais de 80%. No país, o voto é obrigatório para pessoas entre 18 e 65 anos.

Felicitações internacionais

Presidente da região parabenizaram Lasso. O primeiro líder a reconhecer a vitória do candidato de direita no Equador foi o uruguaio Luis Lacalle Pou. "Acabei de falar com Guillermo Lasso para parabenizá-lo por seu sucesso e para começar a trabalhar juntos nas questões que nossos países têm em comum", tuitou.

O presidente da Colômbia, Iván Duque, também mandou suas felicitações. "Há poucos minutos conversamos e falamos sobre trabalhar juntos pela região; Continuaremos fortalecendo nossas relações comerciais, segurança e integração andina em benefício de nossos países".

O mandatário chileno Sebastián Piñera parabenizou a vitória de Lasso e disse que ele é um amigo pessoal e também um grande amigo do Chile.

Juan Guaidó, líder opositor da Venezuela, disse que conta com o apoio de Lasso "na luta venezuelana". "É vital a união daqueles de nós que querem liberdade e democracia para a região, ameaçada por ditaduras como a de (Nicolás) Maduro", disse o presidente venezuelano reconhecido por cerca de 50 países. A crise humanitária na Venezuela foi tema constante durante a campanha presidencial no Equador, como uma forma de Lasso e seus aliados criticarem o modelo de governo socialista proposto por Arauz.

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