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Manifestantes queimam bandeira da Ucrânia do lado de fora da prefeitura de Donetsk, no leste do país | Marko Djurica/ Reuters
Manifestantes queimam bandeira da Ucrânia do lado de fora da prefeitura de Donetsk, no leste do país| Foto: Marko Djurica/ Reuters

Mais de 2 mil militantes pró-russos invadiram uma delegacia de polícia na cidade ucraniana de Odessa, ontem, forçando a libertação de cerca de 70 colegas que estavam presos por apoiarem atos a favor de Moscou.

A mesma cidade havia sido palco de um dos episódios mais violentos da tensão no país na última sexta-feira, quando um incêndio em um prédio deixou mais de 40 mortos, o que o primeiro-ministro ucraniano classificou de "um plano russo para destruir a Ucrânia".

"O que aconteceu em Odessa faz parte do plano da Federação da Rússia para destruir a Ucrânia e seu Estado", afirmou Arseni Yatseniuk durante uma entrevista coletiva na cidade, depois de uma série de encontros com representantes das autoridades locais e da sociedade civil da cidade litorânea.

O premiê também lamentou as mortes ocorridas devido ao incêndio e criticou as forças de segurança de Odessa pela operação.

Os mortos na tragédia eram manifestantes pró-russos, que ocupavam o prédio, onde funcionava uma central sindical.

Os ativistas libertados ontem foram recebidos por familiares, amigos e simpatizantes concentrados no pátio interior do edifício com gritos de "Não perdoaremos" e "Odessa, cidade russa", segundo a imprensa local.

Moscou nega que esteja financiando os movimentos pró-Rússia no país vizinho.

Já o presidente interino ucraniano, Oleksander Turchinov, lamentou que que, apesar de terem combatido os separatistas em Odessa, as forças de segurança do leste do país, em cidades como Lugansk e Donetsk, estejam se aliando aos rebeldes.

O presidente afirmou que forças especiais russas estão tendo sucesso em desestabilizar a Ucrânia, com a ajuda de "convidados especiais da Transnístria", região separatista da vizinha Moldova, próxima a Odessa.

Gás

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e a chanceler alemã, Angela Merkel, discutiram a crise na Ucrâ­­nia em uma ligação telefônica e destacaram a importância de uma "ação efetiva internacional" para reduzir a tensão, disse o Kremlin ontem.

Os líderes também discutiram o fornecimento de gás russo e seu trânsito, baseado nos resultados de uma recente reunião em Varsóvia.

Na sexta-feira, a Rússia ameaçou cortar fornecimento de gás natural para a Ucrânia em julho se não receber pagamento prévio do país, que passa por dificuldades econômicas.

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