As equipes de resgates finalizaram na terça-feira (11) as buscas na escola que desabou na sexta-feira, no Haiti. O número de mortos foi corrigido de 94 para 89, pois alguns corpos haviam sido contados duas vezes. Mais de 150 pessoas ficaram feridas, muitas com gravidade, e duas casas atrás da escola foram destruídas no bairro de Nerette, um labirinto de construções precárias atrás de Petionville, subúrbio de Porto Príncipe.
Segundo uma funcionária envolvida na operação, com a retirada do entulho ainda havia a possibilidade de mais vítimas surgirem. Uma forte chuva também prejudicou os trabalhos.
As autoridades haitianas suspeitam que a qualidade ruim da construção, incluindo a falta de vigas de aço, seja a causa da tragédia. O proprietário e encarregado da construção, o pastor protestante Fortin Augustin, se apresentou anteontem diante de um juiz. Ele será investigado por homicídio culposo.
Segundo vizinhos, houve várias denúncias sobre a insegurança do edifício de três andares. Há oito anos, parte da escola ruiu. O governo distribuiu o equivalente a US$ 2.500 para as famílias das vítimas cobrirem os gastos funerários e outras despesas.