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Berlim – O empobrecido Haiti e o Iraque, abalado pela violência desde a invasão militar liderada pelos Estados Unidos, estão entre os países mais corruptos do mundo, segundo um levantamento feito pela Transparência Internacional (TI). A cada ano, políticos e autoridades públicas atribuem notas aos países listados, segundo o grau de corrupção que consideram existir no lugar. Com base nessas notas, a TI elabora o chamado Índice de Percepção da Corrupção, cuja versão de 2006 foi divulgada neste fim de semana.

Para os pesquisadores, a posição dos dois países comprova a estreita correlação entre violência, pobreza e corrupção. O Haiti, considerado o mais corrupto dentre os países pesquisados, sente o efeito da ação das gangues armadas, apesar da presença das forças da Organização das Nações Unidas (ONU), desde 2004, quando o presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto.

O Iraque, empatado com Guiné e Miamar, tem a história recente marcada pela ocupação militar, iniciada em 2003. Tanto o Iraque quanto o Haiti são afetados pela fraqueza institucional. "Se o Legislativo e o Judiciário tivessem peso nesses lugares, o próprio sistema funcionaria para evitar a corrupção", diz David Nussbaum, presidente-executivo da TI.

Os melhores colocados no ranking são Finlândia, Islândia e Nova Zelândia. Brasil, Cuba, Israel, Jordânia, Laos, Trinidade e Tobago, Tunísia e Estados Unidos tiveram desempenho pior que no ano passado. No entanto, a TI explica que diversos fatores explicam a mobilidade no ranking. O principal deles é que a lista dos países pesquisados não é fixa. Além disso, o estudo avalia a percepção e não a corrupção real. Assim, a imagem pré-concebida de cada nação demora anos a ser desfeita, ainda que a situação prática se altere.

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