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Palestinos observam uma casa destroída por ataques na cidade de Gaza: 19.º dia da ofensiva israelense | Mohammed Salem / Reuters
Palestinos observam uma casa destroída por ataques na cidade de Gaza: 19.º dia da ofensiva israelense| Foto: Mohammed Salem / Reuters

O movimento de resistência islâmica Hamas não quer mudanças de "amplo espectro" no plano do Egito para uma trégua na Faixa de Gaza, mas não aceita o plano de uma maneira integral, disse nesta quarta-feira (14) no Cairo um dos líderes do movimento palestino. "A visão do presidente (Hosni) Mubarak é a única que foi proposta, nós não pedimos por qualquer emenda a esse amplo espectro", disse o oficial do Hamas Salah al-Bardawil aos jornalistas no Cairo. Ele disse que o Hamas apresentou à liderança egípcia sua "visão detalhada", apesar do fato de diplomatas egípcios e espanhóis terem dito mais cedo que o Hamas aceitou o plano.

A visão do Hamas será apresentada ao funcionário graduado da Defesa de Israel, Amos Gilad, quando ele visitar o Cairo nesta quinta-feira (15). "Cada parte tem o direito de propor sua visão em detalhes. Nós, neste rascunho, propusemos pontos de vista e mecanismos em detalhes", disse al-Bardawil. "O Egito discutirá" o plano com Israel, ele disse. "Nós não temos diferenças com o Egito, que é um mediador, mas temos com o inimigo sionista", ele afirmou.

O ministro das Relações Exteriores da Espanha, Miguel Moratinos, também disse aos repórteres em Jerusalém mais cedo que o Hamas aceitou a iniciativa egípcia. "O Hamas manifestará de maneira pública o seu apoio e concordância", disse Moratinos, ex-enviado da União Europeia para o Oriente Médio. "Nós diremos a Israel o que obtivemos dos nossos irmãos do Hamas", disse o chanceler egípcio Abul Gheit.

"Existem posições do Hamas que nós discutiremos com os israelenses no contexto de todos os elementos da iniciativa do presidente Mubarak. Nós esperamos que as forças caminhem em frente mas não entraremos em detalhes", disse o chanceler egípcio.

Abul Gheit disse que o plano de Mubarak, lançado em 6 de janeiro pede um "cessar-fogo imediato" e a retirada das forças israelenses da Faixa de Gaza. Ele disse que a abertura dos postos de cruzamento na fronteira entre o território palestino e Israel requer conversações sobre "quem precisa estar nos cruzamentos e se a presença de outras partes é necessária. Nós discutiremos isso."

Israel tem condicionado o final da ofensiva ao fim no disparo de foguetes feito a partir da Faixa de Gaza contra o seu território e também à criação de um mecanismo que impeça o contrabando de armas do Egito para o território palestino. O Hamas insiste em um fim do cerco do exército israelense à Faixa de Gaza, que na prática vigora desde que o grupo islâmico tomou o controle do território em meados de 2007. O Hamas também pede a retomada do tráfego normal e a reabertura dos cruzamentos nas fronteiras. As informações são da Dow Jones.

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