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Hillary é recebida pelo presidente palestino, Mahmud Abbas: apoio ao Fatah | David Fursto/AFP
Hillary é recebida pelo presidente palestino, Mahmud Abbas: apoio ao Fatah| Foto: David Fursto/AFP

Ramallah, Cisjordânia - A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, declarou ontem que as demolições, por Israel, de casas de palestinos que vivem em Jerusalém são "inúteis" para os esforços de paz.

Israel emitiu nos últimos dias ordens de demolição contra dezenas de imóveis habitados por palestinos em Jerusalém. O governo israelense alega que as casas foram construídas "ilegalmente".

No entanto, os palestinos denunciam que é praticamente impossível obter de Israel os alvarás necessários para as obras e consideram as demolições como um meio israelense de exercer controle sobre a cidade sagrada.

Durante visita a Ramallah, na Cisjordânia, Hillary disse que as demolições violam o comprometimento israelense com o "mapa do caminho", um plano de paz apoiado pelos Estados Unidos. Israel capturou Jerusalém Oriental na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e anexou a área. Porém essa anexação não é reconhecida internacionalmente e os palestinos querem que Jerusalém Oriental seja a capital de seu futuro Estado independente.

Hillary também demonstrou um forte apoio público ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Segundo a secretária de Estado, a Autoridade Palestina é "o único governo legítimo do povo palestino".

O presidente palestino perdeu apoio interno, particularmente após um ano de conversas de paz inconclusivas com Israel. Além disso, o rival do partido laico Fatah, de Abbas, o Hamas, é visto como uma força emergente mais forte, após a recente ofensiva militar israelense contra o grupo militante.

Abbas falou com os repórteres após a reunião com Hillary e criticou o Irã, que apoia o Hamas. Segundo ele, o Irã tenta aumentar a divisão entre os palestinos. "O Irã precisa cuidar dos próprios problemas e não intervir mais nos assuntos palestinos", disse Abbas.

Na terça-feira, Hillary se encontrou com o linha-dura Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro designado de Israel. Netanyahu se opõe à criação de um Estado palestino e defende a ampliação dos assentamentos israelenses, inclusive na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

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