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A vitória do republicano John McCain nas eleições para a presidência americana poderia resultar em uma política externa mais agressiva dos Estados Unidos para a América Latina. A avaliação é da historiadora Barbara Weistein, da Universidade de Yale.

Para ela, no caso de vitória dos republicanos, a política externa de McCain será ainda mais agressiva do que a do atual presidente George W. Bush. "Bush agora, por ter uma aprovação muito baixa, não assume mais aquela agressividade dos velhos tempos. Mas o McCain, entrando no poder, vai assumir uma posição mais agressiva em termos de política externa, prevê.

Segundo a historiadora, essa postura pode ser negativa para o Brasil, porque qualquer problema na região vai ter implicações para o país. Em termos de política externa, McCain vai ser um problema para o Brasil, diz.

Já o democrata Barack Obama poderá possibilitar novos tratados de comércio na região. Não vou dizer que Obama vai fazer milagres, mas, mesmo sem fazer nada, existe uma boa vontade entre ele e as lideranças latino-americanas, que pode criar um ambiente melhor de cooperação política, econômica e energética, avalia.

Barbara acredita que Obama será melhor recebido pelos líderes latino-americanos. A grande diferença entre eles é que o Obama entende que outros países têm outros interesses. Bush e McCain acham que todos devem ter a mesma posição dos Estados Unidos, critica.

Em relação crise financeira americana, ela acredita que, embora haja um pequeno grupo de republicanos que ainda está contra qualquer tipo de resgate ao setor financeiro, a maioria dos políticos aceitam que é preciso fazer alguma coisa. O debate não é sobre o resgate, mas sobre a sua natureza. Temos que garantir que isso não é simplesmente um presente para os mais ricos, disse.

Ela acredita que a crise vai ainda mais e poderá ter impactos no Brasil. Não tem país no mundo que pode escapar totalmente de uma forte crise financeira nos Estados Unidos, avalia.

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