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Montagem com fotos do presidente francês François Hollande (à esq.) e a atriz Julie Gayet | EFE/Yoan Valat/Christophe Karaba
Montagem com fotos do presidente francês François Hollande (à esq.) e a atriz Julie Gayet| Foto: EFE/Yoan Valat/Christophe Karaba

O presidente da França, François Hollande, pediu nesta sexta-feira (10) respeito a sua vida privada depois que uma revista de celebridades publicou uma reportagem com fotos afirmando que o chefe de Estado, namorado de Valérie Trierweiler, mantém um romance com a atriz Julie Gayet.

Segundo a revista Closer, uma publicação semanal especializada em celebridades, Hollande, de 59 anos, compartilha uma "verdadeira paixão" com Julie, de 41 anos, que participou em 2012 do vídeo de campanha do então candidato presidencial.

Filha de um renomado cirurgião e nascida nos arredores de Paris em uma família de esquerda, a atriz é casada desde 2003 com o escritor e roteirista argentino Santiago Amigorena, diretor de "Segredos de Estado" (2006), com quem tem dois filhos, Tadeu e Ezequiel.

O boato sobre o suposto romance entre o presidente e atriz de cinema e televisão paira há meses e teria começado em um estúdio de televisão.

A própria atriz disse em março passado que faria uma denúncia para identificar o autor dos comentários que já circulavam na internet.

Até o momento, no entanto, não haviam sido feitas matérias tão extensas e diretas como a da Closer.

A revista publica fotos do suposto caso entre Hollande e Gayet feitas no dia 30 de dezembro. A cena teoricamente aconteceu no quarto andar de um prédio do elegante Distrito 8 de Paris, que seria de um casal de atores amigos, e a dois passos do Palácio do Eliseu.

De acordo com a revista, a atriz chegou ao imóvel com o rosto descoberto dirigindo um carro branco.

Meia hora depois, o que se descreve como um segurança presidencial inspecionou a entrada do edifício e deu o sinal ao motorista de uma moto para que deixasse um homem com capacete na portaria. Esse homem seria Hollande, embora seu rosto não aparecesse.

Ainda segundo a revista, no dia seguinte de manhã, um segurança do presidente tocou o interfone e subiu com uma sacola com croissants para que o casal tomasse café da manhã.

Três horas depois, o homem do capacete deixou o edifício e, sob o olhar do segurança, subiu na moto onde era esperado pelo motorista. Uma hora depois, Julie deixou o prédio.

A reação de Hollande foi rápida. O presidente, como cidadão, pediu respeito a sua vida privada, mas não negou a informação, e analisa tomar medidas legais contra a Closer, revista que em 2012 foi condenada por publicar fotos de Kate Middleton fazendo topless.

O chefe de Estado, que nunca se casou, mas vive oficialmente com Valérie Trierweiler, jornalista de 48 anos que também começou um romance secreto com Hollande em 2006, quando o político socialista mantinha uma relação com a então candidata presidencial Ségolène Royal, mãe de seus quatro filhos.

A relação entre Hollande e Valérie foi formalizada em 2010 e viveu seus piores momentos midiáticos em junho de 2012, quando ela apoiou através do Twitter um rival político de Ségolène Royal, a ex-parceira de Hollande, o que foi interpretado na França um acesso de ciúme.

A revista garante que Trierweiler vive na ala leste do Palácio do Eliseu - conhecida como "a ala madame" - e que nunca aparece nas dependências do presidente. Hollande parou de ir ao apartamento da primeira-dama no Distrito 15 de Paris, acrescentou a revista.

Não está claro se Trierweiler, que Hollande definiu como a mulher de sua vida, sabia do suposto caso do presidente. Mas a Closer ressalta que ela odeia o último filme com a atriz, "Les âmes de papier".

O suposto escândalo amoroso de Hollande explode no início de um ano que se anuncia politicamente difícil, com a taxa de desemprego em alta, a economia quase paralisada, um índice de popularidade historicamente baixo (22%) e a poucos meses das eleições municipais e europeias.

Na próxima terça-feira, Hollande tem uma grande entrevista coletiva agendada, semelhante à de seu antecessor, Nicolas Sarkozy, em janeiro de 2008, quando foi questionado sobre seu namoro com Carla Bruni.

"Com Carla, é sério", disse então o político conservador, que semanas depois se casou com a cantora e ex-modelo.

O último escândalo amoroso envolvendo um presidente na França havia sido protagonizado por François Mitterrand (1981-1995), após deixar a presidência, quando foi relevado que durante anos manteve um caso com a historiadora Anne Pingeot, com quem teve uma filha, Mazarine Pingeot.

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