O porta-voz da milícia houthi, Mohamed Abdelsalam, considerou uma "honra" o fato de seu grupo ter sido designado nesta quarta-feira (17) como terrorista pelos Estados Unidos e disse que isso não mudará "a posição do Iêmen em apoio à Palestina".
"A designação dos EUA não tem valor e isso não mudará a posição do Iêmen em apoio à Palestina. Ao contrário, nós a consideramos como uma medalha de honra por apoiar a resistência palestina na Faixa de Gaza, enquanto os EUA exercem sua agressão contra o Iêmen", declarou em sua conta na rede social X (antigo Twitter).
Ele observou que são as "políticas arrogantes" dos EUA e seu "apoio à entidade sionista criminosa", referindo-se a Israel, que são os "verdadeiros patrocinadores do terrorismo".
Enquanto isso, Mohamed al Bukhaiti, membro do gabinete político houthi, disse em sua conta no X que essa decisão "não traz nada de novo".
"Isso se soma ao fato de que Ansar Allah [houthis] desfruta atualmente de um grande apoio popular que não tem paralelo nos níveis local, árabe, islâmico e internacional", declarou.
Além disso, essa decisão "minará a credibilidade do governo dos EUA aos olhos dos povos do mundo, porque o terrorista é aquele que apoia e protege os perpetradores do genocídio e não aquele que luta para impedi-lo", disse.
Bukhaiti concluiu dizendo que os houthis são "homens de guerra", mas também homens de paz, motivo pelo qual pediu aos EUA e ao Reino Unido que "parem com os crimes de genocídio em Gaza e parem sua agressão contra o Iêmen".
"A bola está no campo deles e eles podem nos chamar do que quiserem", enfatizou.
A designação da milícia dos houthis pelos EUA como terroristas ocorre dias depois de Estados Unidos e Reino Unido lançarem uma campanha de bombardeio contra os alvos militares do grupo no Iêmen devido aos ataques dos insurgentes a navios vinculados a Israel no mar Vermelho e no estreito de Bab al Mandeb, que afetaram gravemente o comércio marítimo internacional.
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