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A Igreja Católica norueguesa disse nesta sexta-feira que tomou conhecimento de mais quatro casos de possíveis abusos sexuais de padres contra menores de idade, dois dias depois de ter revelado que um bispo renunciou no ano passado por ter abusado de um coroinha.

As revelações de abuso na Noruega são os últimos a atingir a Igreja Católica, que teve sua reputação manchada por acusações similares na Irlanda, nos Estados Unidos, na Alemanha e em outros países recentemente.

Dois dos casos na Noruega aconteceram aparentemente nos anos 1950 e envolvem padres que já morreram, disse a jornalistas o chefe da Igreja Católica no país, bispo Bernt Eidsvig, nesta sexta-feira.

Outro caso teria acontecido há duas décadas e pode ter envolvido um padre que não mora mais na Noruega. A última suspeita é baseada em rumores, disse Eidsvig.

Na quarta-feira, a Igreja Católica norueguesa e o Vaticano reconheceram que o ex-bispo de Trondheim renunciou no ano passado depois da descoberta de que ele abusou sexualmente de um coroinha há 20 anos.

O caso está nas primeiras páginas dos jornais no país, com pessoas perguntando por que a Igreja esperou nove meses depois da renúncia do bispo Georg Mueller para admitir publicamente as razões da sua saída.

"É fácil se manter quieto", disse o bispo Eidsvig a jornalistas. "Sob a lei norueguesa, um padre não tem o dever de relatar o que ele ouviu em fóruns internos, durante confissão ou durante cuidado pastoral", disse ele.

Eidsvig acrescentou que a vítima do abuso, que agora tem 30 anos, não quer contar o caso à polícia.

O bispo disse que vai pedir conselho à procuradoria da Noruega sobre como lidar com os casos. Ele não disse se vai contactar a polícia.

O catolicismo é uma religião minoritária no país nórdico, com cerca de apenas 73 mil católicos em uma nação de 4,8 milhões de pessoas. A religião nacional é o luteranismo protestante.

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