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Danos causados pelas explosões no Congo | AFP
Danos causados pelas explosões no Congo| Foto: AFP

Uma série de explosões em um depósito de armas e munições causou neste domingo (04) a morte de mais de 200 pessoas em Brazzaville, capital do Congo. A tragédia teria sido provocada por um incêndio no local onde era armazenado o material explosivo.

O necrotério e um hospital de Brazzaville já recolheram 206 mortos após a sequência das explosões registadas na manhã deste domingo (04). As causas do incêndio ainda não são conhecidas.

O efeito das explosões foi percebido até a República Democrática do Congo, vizinha à República do Congo, cuja capital, Kinshasa, chegou a ter vitirines de lojas e janelas de residências destruídas em consequência dos impactos ocorridos em Brazzaville.

Muitos feridos, vários deles oficiais de uniforme, eram atendidos nas ruas. Um correspondente da AFP viu os corpos de quatro pessoas, incluindo uma criança, em uma clínica perto da área da explosão.

Cinco explosões muito fortes sacudiram Brazzaville a partir das 8h00 locais (4h00 de Brasília) e até as 10h45. Um incêndio em dois depósitos de munições no quartel de Mpila, zona leste de Brazzaville, teria provocado a tragédia, segundo fontes militares.

Um helicóptero sobrevoava a região. A área da tragédia foi isolada pelas forças de segurança. De acordo com testemunhas, as explosões, muito fortes, provocaram cenas de pânico e foram sentidas em Kinshasa, a capital da República Democrática do Congo, separada de Brazzaville pelo rio Congo.

Socorro

Por volta do meio-dia, uma equipe da ONG Médicos sem Fronteiras (MSF) chegou ao Centro Hospitalar Universitário (CHU) de Brazzaville, instituição que recebeu um grande número de vítimas.

Um dos médicos da missão da MSF França em Brazzaville disse que é necessária maior organização na distribuição dos feridos e indicou que alguns deles foram enviados para outras instituições médicas.

As autoridades de Brazzaville não detalharam o que causou as fortes explosões, embora testemunhas citadas pelo jornal "Les Dépêches" garantem que muitas das casas situadas nos arredores do depósito de armas ruíram após as explosões.

"Meus pais vivem perto de Mpila e o teto da casa deles desabou. Felizmente, não estavam lá no momento da tragédia, mas alguns vizinhos não tiveram a mesma sorte", relatou uma jovem à publicação.

Em seu site, a "Radio Okapi" revela que o local da explosão é "um velho arsenal de armas e munição que o Governo pretendia destruir", informam as autoridades militares de Brazzaville.

O chefe de segurança do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) na República Democrática do Congo, François Nkoy, confirmou a situação de pânico em Kinshasa e garantiu ter pedido aos moradores que permaneçam afastados de qualquer janela.

Como constatou a Efe, um grande número de imóveis foi atingido em Kinshasa, incluindo prédios públicos. Um deles localizado no porto teve de ser evacuado.

Além disso, o comissário adjunto da Polícia Nacional da RDC, Charles Bisengimana, pediu calma a população de Kinshasa em mensagem divulgada da rádio estatal "RTNC" e redobrar a atenção para evitar mais feridos. Bisengimana garantiu que "não há o que temer" e tudo "está sob controle das Forças de Segurança" da RDC

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