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Hugo Chávez é o principal personagem do processo eleitoral da Venezuela. A oposição ao governo atual revela-se fundamentalmente através do candidato Manuel Rosales, cujo discurso em favor das minorias inclui promessas de partilha acionária da PDVSA. Este é um dos processos de maior concentração político-partidária da história do país.

O embate político entre a situação e a oposição ao governo Chávez pode ser visualizado pelo uso que se tem feito das versões antiga e atual da bandeira da Venezuela – esta última com mais uma estrela. Além desta, outras mudanças julgadas por muitos como desnecessárias, são signos desta disputa eleitoral – a exemplo do brasão venezuelano que tem agora o cavalo correndo para a esquerda e, não mais, para a direita, assim como símbolos de camponeses e indígenas.

Desde a eleição, em 1998, a plataforma política de Chávez e seus aliados caracterizou-se pelo apelo aos programas domésticos de diminuição dos índices de pobreza, reforçados pelo apoio majoritário parlamentar obtido com as eleições de 2005. Quanto à política internacional, Chávez trabalha pela Alternativa Bolivariana para as Américas (em contraste com o projeto da Alca), e pelo projeto PetroAmerica, ratificando o uso dos recursos naturais e da PDVSA em favor do fortalecimento diplomático venezuelano. Em contrapartida, Rosales, um dos articulares do golpe sofrido por Chávez em 2002, anuncia as intenções de retomar negociações com os Estados Unidos e promete lutar pela causa mesmo fora do governo.

Nesse cenário, a fragilidade das instituições e dos processos eleitorais em vigência, além da freqüência e da proximidade histórica de golpes políticos, colaboram para um cenário de desconfiança que alimenta a incerteza quanto ao futuro governo do país.

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