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Autoridades de segurança investigam um possível envolvimento de militantes com base no Paquistão na explosão de uma bomba que matou nove pessoas no oeste da Índia. Apesar disso, Nova Délhi declarou que a reunião com Islamabad ainda neste mês irá adiante.

A bomba, deixada dentro de uma bolsa em uma padaria popular da cidade de Pune, no sábado, feriu 60 pessoas e pareceu ter como alvo turistas.

Fontes da área de segurança, que pediram anonimato, disseram que a investigação tem como foco o grupo separatista, com base no Paquistão, Lashkar-e-Taiba, acusado pelos ataques em Mumbai, e um grupo militante local chamado Mujahideen Indiano. Ambos já estiveram por trás de ataques com bomba na Índia.

"Nossa linha de investigação vai na direção de um possível envolvimento do Lashkar-e-Taiba. Uma célula adormecida do Mujahideen Indiano poderia também estar envolvida," disse à Reuters uma importante autoridade de segurança, que monitora a investigação.

Os dois grupos lutam contra o poder da Índia sobre a Caxemira.

"Nada está descartado. Nada está garantido. A investigação está em andamento," declarou o ministro do Interior, Palaniappan Chidambaram.

Na sexta-feira, a Índia e o Paquistão acordaram uma reunião de cúpula em Nova Délhi no dia 25 de fevereiro. O encontro já foi suspenso no passado, depois que militantes paquistaneses mataram 166 pessoas num ataque de três dias a Mumbai, em 2008.

Um sinal de envolvimento do Paquistão no ataque de Pune pioraria as relações entre os dois rivais nucleares e desestabilizaria ainda mais a região, ofuscada pela guerra no Afeganistão.

O principal partido de oposição na Índia afirmou que o país deve reconsiderar o encontro com o Paquistão.

"A reunião está marcada. Sabemos que há complexidades na relação com o Paquistão, mas temos que ver as coisas no todo. Neste momento, não há razão para não haver o encontro," disse um representante do governo.

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