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Um trabalhador de saúde coleta uma amostra para o Teste Rápido de Antígeno de Coronavírus, no Terminal Rodoviário Interestadual (ISBT), em Nova Delhi, 24 de março de 2021| Foto: Money SHARMA/AFP

Uma nova variante "mutante dupla" do coronavírus, ainda não catalogada, foi detectada na Índia, informou nesta quarta-feira (24) o Ministério da Saúde do país. Várias amostras de cepas já sequenciadas em outros países também foram identificadas em 18 estados, inclusive um caso da variante brasileira P.1.

A pasta afirmou que, até o momento, essas novas variantes não explicam o rápido crescimento de casos e mortes por Covid-19 na Índia.

Nesta quarta-feira, foram relatadas 47.262 novas infecções, o maior número de casos registrados em um único dia desde novembro, e 275 mortes pela doença, o maior número em 2021. Segundo o site Our World in Data, houve um aumento de 58% no número de óbitos nas últimas duas semanas, quando comparado à quinzena anterior. Apesar disso, o país está distante do pico de mortes (1.157) registrado em setembro de 2020.

"Embora variantes preocupantes e uma nova variante dupla mutante tenham sido encontradas na Índia, elas não foram detectadas em números suficientes para estabelecer ou direcionar a relação ou explicar o rápido aumento de casos em alguns estados. Sequenciamento genômico e estudos epidemiológicos continuam para aprofundar a análise da situação", informou o Ministério da Saúde indiano.

Uma mutação dupla significa que duas mutações ocorreram em um mesmo vírus – no caso da variante identificada na Índia, as mutações E484Q e L452R que, de acordo com autoridades de saúde do país, podem permitir que o vírus escape ao sistema imunológico e se torne mais infeccioso. Essas mutações foram identificadas em 15% a 20% das amostras sequenciadas no estado de Maharashtra, um dos mais afetados pela pandemia.

Outras variantes

O trabalho de sequenciamento genético das amostras de coronavírus na Índia permitiu identificar a presença de variantes já detectadas em outros países em 18 estados indianos. Das 10,7 mil amostras, 736 eram compatíveis com a variante do Reino Unido (B.1.1.7); 34, com a linhagem sul-africana (B.1.351); e uma, com a linhagem brasileira (P.1).

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