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Mosquito banqueteia-se com sangue humano | Stewart Gould/Divulgação
Mosquito banqueteia-se com sangue humano| Foto: Stewart Gould/Divulgação

Esqueça os inseticidas: a bactéria Wolbachia pode se tornar a mais nova esperança na luta contra o Aedes aegypti, principal transmissor dos vírus da dengue e da febre amarela no mundo. Essa, ao menos, é a proposta de pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, em artigo na revista especializada americana "Science". Ao infectar o mosquito com o micróbio, eles conseguiram reduzir a menos da metade sua expectativa de vida, o que poderia diminuir significativamente a chance do A. aegypti transmitir os vírus que carrega.

A Wolbachia infecta naturalmente diversas espécies de insetos, mas, no caso do mosquito transmissor da dengue, ela teve de ser introduzida na espécie. A bactéria costuma cooptar o sistema reprodutivo e ciclo de vida dos insetos que invade para seus próprios fins.Ao reduzir a expectativa de vida do inseto, ela dificultaria a multiplicação do vírus da dengue, que precisa de um tempo de aclimatação no organismo do mosquito para ser transmitido quando o inseto pica um ser humano. Com a média dos mosquitos morrendo mais cedo, haveria menos cópias do vírus prontas para invadirem pessoas.

Os pesquisadores apostam que seria possível, por meio de cruzamentos, tornar a bactéria muito comum na população selvagem dos insetos. Mais testes precisam ser feitos, no entanto, antes de pôr a ideia em prática nos locais onde a dengue e a febre amarela são comuns.

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