O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, condenou "qualquer interferência estrangeira nos assuntos internos da Venezuela", em referência à crise decorrente das eleições presidenciais de 28 de julho no país sul-americano.
Pezeshkian, em conversa por telefone com o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, o parabenizou pela "vitória nas eleições", mesmo com a oposição denunciando com provas que o regime de Caracas manipulou e fraudou os resultados eleitorais.
A Venezuela enfrenta protestos em várias partes do país contra o resultado manipulado, que tiveram saldo de 13 mortes e mais de 2 mil detidos, de acordo com fontes oficiais.
Os Estados Unidos, a União Europeia e vários outros países não reconheceram os resultados das eleições.
Nesse cenário, Pezeshkian condenou "qualquer interferência estrangeira nos assuntos internos da Venezuela", de acordo com a agência iraniana de notícias Irna.
Maduro agradeceu ao presidente iraniano pela "solidariedade" e alegou que o país é alvo de "uma conspiração sionista com a cooperação dos Estados Unidos e de alguns países ocidentais com o objetivo de destruir países independentes".
O ditador venezuelano foi declarado vencedor do pleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo chavismo, com 52% dos votos, contra 43% do principal candidato opositor, Edmundo González Urrutia.
A oposição alega, com base nas atas de seções eleitorais às quais teve acesso, que González obteve cerca de 70% dos votos e foi o verdadeiro vencedor.
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