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Irã e as potências mundiais adiaram hoje as negociações do acordo sobre o programa nuclear da República Islâmica. A decisão foi tomada horas após o governo americano incluir em uma lista negra uma série de empresas e indivíduos iranianos que burlaram as sanções americanas.

A interrupção acontece semanas após o país persa ter conseguido um acordo com o grupo 5+1 -EUA, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha-, que freia o enriquecimento de urânio em troca da diminuição das sanções dos americanos e da União Europeia.

Segundo o porta-voz Michael Mann, representante da chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, tanto Teerã como as potências resolveram fazer consultas a seus governos centrais antes de seguir com as negociações sobre o acordo.

"Após quatro dias de longas e detalhadas conversações, que refletem a complexidade dos temas técnicos tratados, está claro que precisamos seguir trabalhando. Agora as capitais serão consultadas com a esperança de que as negociações técnicas continuem em breve", completou".

O porta-voz não entrou em detalhes sobre questões específicas que podem ter criado problemas. Mais cedo, diplomatas disseram que era uma questão muito complicada transformar o acordo provisório fechado em 24 de novembro em um plano de ação concreto.

As declarações foram feitas horas depois que a imprensa estatal iraniana informou que os negociadores de Teerã voltaram ao país após a divulgação da lista feita por Washington.

Os americanos acusam as pessoas físicas e jurídicas incluídas de burlarem as sanções americanas antes do acordo. Apesar da reclamação de Teerã, membros do governo americano afirmam que as medidas adotadas ontem se referem ao regime de sanções já existentes.

Com base no acordo alcançado em Genebra em 24 de novembro, as potências mundiais aceitaram não impor novas sanções ao Irã durante os meses de vigência. Em troca, Teerã limitaria partes de seu programa nuclear, como o enriquecimento de urânio a um nível de 20%, primeiro passo para produzir uma bomba atômica.

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