As autoridades do Irã enforcaram 16 supostos rebeldes neste sábado (26) em represália pela morte, ontem à noite, de 17 policiais de fronteira em um conflito armado ocorrido na cidade de Saravan, no sudeste do país, perto da fronteira com o Paquistão.
"Nesta manhã enforcamos 16 rebeldes em resposta ao ato terrorista que realizaram ontem à noite em Saravan", revelou Mohamad Marzie, procurador-geral da cidade de Sahedan, capital da província do Sistão-Baluchistão, em declarações divulgadas pela agência de notícias "Isna".
"Já tínhamos advertido aos rebeldes e aos grupos inimigos do regime que se fizessem qualquer coisa que prejudicasse o povo inocente, os agentes de segurança ou a polícia atuaríamos da mesma maneira", acrescentou o procurador, segundo a agência iraniana "Fars".
Segundo afirmaram fontes locais não identificadas à agência, o enfrentamento registrado ontem à noite na cidade de Saravan, próxima à fronteira com o Paquistão, terminou com 17 policiais mortos, cinco feridos e quatro capturados.
Por enquanto nenhuma organização reivindicou a autoria do ataque. O grupo armado rebelde sunita Yundula (Exército de Deus), considerado por Teerã uma organização terrorista e que as autoridades iranianas dizem ter desmantelado grande parte de sua estrutura, atua no Sistão-Baluchistão.
Em junho de 2010, as autoridades iranianas prenderam o líder do Yundula, Abdul Malik Rigi, que posteriormente foi julgado e executado.
Além dos rebeldes sunitas, nesta região atuam grupos que se dedicam ao tráfico de armas e drogas procedentes do Afeganistão, primeiro país produtor de opiáceos do mundo, o que provoca também vários incidentes armados com as forças de segurança.
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