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Presidente francês Nicolas Sarkozy discursa ao lado de Barack Obama na Casa Branca | Reuters
Presidente francês Nicolas Sarkozy discursa ao lado de Barack Obama na Casa Branca| Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta terça-feira que espera ter sanções contra o Irã "em semanas, não em meses". Obama deu as declarações logo após uma reunião com o presidente da França, Nicolas Sarkozy. Segundo o presidente americano, o mundo está "mais unido do que nunca" para evitar que o Irã vire uma potência com armas nucleares.

"Nisso, os EUA e a França estão unidos", disse Obama, na abertura de uma coletiva de imprensa com Sarkozy. "Hoje, a comunidade internacional está mais unida do que nunca na necessidade do Irã cumprir suas obrigações".

Os EUA estão trabalhando com a França e outros países para desenvolver uma nova e mais dura rodada de sanções contra o Irã, o qual eles acusam de continuar a enriquecer urânio, contrariando determinações da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O governo iraniano afirma que seu programa nuclear tem objetivos pacíficos.

Sarkozy, por sua vez, apoiou a condenação feita pelos EUA à expansão das construções nos assentamentos israelenses em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia. O presidente francês disse que seu compromisso com a segurança de Israel é bem conhecido, mas acrescentou que a atividade de construções nos assentamentos judaicos "não contribui em nada" para a paz.

Sarkozy elogiou Obama após a reunião dos dois na Casa Branca, pelo fato de o presidente dos EUA tentar aproximar Israel e os palestinos para a retomada das conversações de paz. Sarkozy disse que a "ausência de paz" na região "é um problema de todos nós", e que isso ajuda a alimentar o terrorismo ao redor do mundo.

Apesar das declarações conjuntas, a Casa Branca afirmou mais cedo que Obama não pediria a Sarkozy o envio de mais soldados franceses para a guerra no Afeganistão. A França tem um contingente de 3.750 soldados que lutam atualmente no Afeganistão, ao lado dos mais de 100 mil soldados norte-americanos e de outros países ocidentais, que enfrentam a insurgência do grupo fundamentalista Taleban.

Visita ao senado

Mais cedo nesta terça-feira, Sarkozy esteve no Senado dos Estados Unidos, onde se reuniu com os senadores John Kerry (Democrata por Massachusetts) e Ben Cardion (Democrata por Maryland). Kerry disse que Sarkozy é a favor de sanções "muito, muito fortes" contra o Irã nos campos da energia e das finanças. Kerry é dirigente do Comitê de Relações Exteriores do Senado americano.

"Ele (Sarkozy) acredita que nós devemos tomar uma posição muito forte nas sanções, tanto nas finanças quanto na energia", disse Kerry aos repórteres, após ele e o senador Ben Cardin terem se reunido com Sarkozy.

O congresso americano trabalha, por conta própria, para impor novas e duras sanções ao Irã, que deverão punir Teerã pela sua recusa em congelar seu programa de enriquecimento de urânio, processo que pode ser usado tanto para gerar energia quanto para fabricar uma bomba atômica.

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