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Um porta-voz do aiatolá Ali Khamenei, o líder supremo do Irã, fez um apelo nesta terça-feira para que as potências ocidentais aceitem formalmente o direito do Irã de continuar seu programa nuclear. Ali Akbar Velayati, conselheiro de Khamenei para assuntos internacionais, disse que espera que as próximas negociações sobre a polêmica produção nuclear iraniana tenham um "resultado positivo", mas deu a entender que isso só irá acontecer se a postura do grupo P5+1 (EUA, Reino Unido, Alemanha, França, China e Rússia) for mais flexível.

"Eu espero que o P5+1 reconheça o direito nuclear inalienável do Irã, considerando o âmbito das especificações do Tratado de Não-Proliferação (TNP)", afirmou Velayati, em entrevista à agência de notícias do Irã, a Irna. "Aceitando o direito do Irã de usar o programa nuclear para objetivos pacíficos e de produção de energia, as próximas conversações de Moscou devem chegar a um resultado favorável", ressaltou.

As próximas negociações sobre o direito do Irã continuar seu programa nuclear ou não acontecerão em Moscou, no próximo mês. Teerã argumenta que tem objetivos pacíficos com a pesquisa e que pretende desenvolver meios de produção de energia nuclear e tratamentos médicos com o programa. No entanto, potências ocidentais acusam a República Islâmica de ter intenções armamentistas e já violou o Tratado de Não-Proliferação (TNP) nuclear, estabelecido pela ONU, que tem como objetivo limitar a disseminação de armas nucleares no mundo.

Na semana passada, a Agência Internacional de Energia Nuclear (AIEA) da ONU disse ter encontrado traços de urânio enriquecido além do permitido pelo TNP em uma instalação subterrânea do Irã. Segundo o relatório, não necessariamente os resíduos foram usados por pesquisas de cunho bélico, mas o alerta deixou as potências ainda mais desconfiadas. A agência pediu esclarecimentos a Teerã.

Apesar das divergências, ambos os lados da discussão querem eliminar qualquer risco de guerra no Oriente Médio, diante da ameaça de Israel de lançar ataques aéreos contra o Irã, enquanto Teerã quer cancelar um embargo ocidental contra as exportações de petróleo.

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