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Uma iraniana que acabou cega em um ataque com ácido feito por um homem que ela rejeitara, conseguiu persuadir um tribunal a dar ao agressor uma punição segundo as leis islâmicas: ele dever também perder a visão.

Ameneh Bahrami se recusou a aceitar o "dinheiro sangrento" de um acordo com os advogados do agressor. Ela insistiu que Majid (como o homem de 27 anos foi identificado) tenha o mesmo destino que o seu, "para que as pessoas como ele percebam que não têm o direito de jogar ácido no rosto de mulheres", segundo Ameneh disse à Corte Provincial de Teerã.

Majid, que admitiu o ataque, em novembro de 2004, disse que ainda ama Ameneh e que quer se casar com ela.

"Não quero aceitar o dinheiro sangrento do réu, que ainda pensa em me destruir e quer tirar meus olhos. Como ele pode fingir estar apaixonado? Se deixarem esse homem livre, ele vai conseguir finalmente me matar", disse Ameneh no tribunal.

Os médicos afirmam que não há possibilidade de Ameneh recuperar a visão. A mulher, que também teve o rosto desfigurado no ataque, passou por várias cirurgias, incluindo procedimentos na Espanha pagos parcialmente pelo governo reformista de Mohammed Khatami.

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