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Soldados e policiais iraquianos comemoram o que consideram uma retomada de soberania | Essam Al-Sudani/AFP
Soldados e policiais iraquianos comemoram o que consideram uma retomada de soberania| Foto: Essam Al-Sudani/AFP

Bagdá - A população do Iraque celebrou com fogos de artifício a retirada dos militares norte-americanos das principais zonas urbanas do país árabe, ocorrida ontem. O governo iraquiano determinou que 30 de junho será o Dia da Soberania Nacional.

Com a retirada das forças dos Estados Unidos para bases no interior, a responsabilidade pela segurança nas principais cidades cabe agora ao governo do Iraque.

Em Washington, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou que "o futuro do Iraque está nas mãos do seu próprio povo". Obama alertou que mais violência poderá acontecer nos próximos dias, mas sinalizou com otimismo que o Iraque irá subsistir como uma nação estável e soberana.

As forças de segurança do Iraque, incluídos polícia e exército, contam com 650 mil homens. Os EUA têm atualmente 130 mil soldados no Iraque.

Enquanto isso, um atentado devastou ontem um mercado de alimentos na cidade de Kirkuk, no norte do país, e deixou 33 pessoas mortas. O carro-bomba lançado pelos extremistas pode ter sido uma amostra dos desafios que as forças de segurança do Iraque enfrentarão, em um dia bastante simbólico. "A retirada das tropas americanas de todas as cidades foi concluída depois de tudo o que eles sacrificaram em nome da segurança", declarou Sadiq al-Rikabi, um conselheiro do primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki.

"Eu parabenizo o povo iraquiano por esta data, 30 de junho, quando as forças dos Estados Unidos retiraram-se das grandes cidades iraquianas em respeito ao acordo de retirada de tropas", disse, por sua vez, Maliki.

A saída das forças americanas dos principais centros urbanos iraquianos faz parte de um pacto de segurança por meio do qual os EUA se comprometem a retirar suas tropas do país árabe até o fim de 2011.

Pouco antes do fim do prazo, na noite de segunda-feira, mais quatro soldados americanos foram mortos em um confronto em Bagdá.

Houve um aumento acentuado da violência no Iraque nos dias que antecederam o prazo para a retirada americana dos centros urbanos. Mais de 250 pessoas morreram em uma série de ataques extremistas, a maioria tendo como alvo a maioria xiita. Maliki atribuiu as ações ao grupo extremista Al-Qaeda no Iraque e a remanescentes do Partido Baath, de Saddam Hussein.

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