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Porta-voz do chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, disse na quarta-feira que o país “cumpre a lei” quando perguntado se os alemães prenderiam Netanyahu caso os juízes do TPI atendam a pedido da procuradoria
Porta-voz do chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, disse na quarta-feira que o país “cumpre a lei” quando perguntado se os alemães prenderiam Netanyahu caso os juízes do TPI atendam a pedido da procuradoria| Foto: EFE/EPA/Filip Singer

O governo de Israel condenou nesta quinta-feira (23) um anúncio da Alemanha de que prenderia o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, caso o Tribunal Penal Internacional (TPI) atenda ao pedido de emissão de mandado de prisão contra ele feito pela procuradoria da corte e se o premiê visitasse o país europeu.

“Tenho idade suficiente para me lembrar do líder alemão [o chanceler Olaf Scholz] vindo aqui dias depois de 7 de outubro [data dos ataques terroristas sofridos por Israel] e afirmando que o Hamas são os novos nazistas. Eles buscam [cometer] genocídio contra os judeus. Muitos pelo mundo precisam verificar a sua bússola moral e estar do lado certo da história”, disse Avi Hyman, porta-voz de Netanyahu, ao site da Fox News.

Na quarta-feira (22), o porta-voz de Scholz, Steffen Hebestreit, havia sido questionado se o governo da Alemanha executaria uma eventual ordem de prisão do TPI contra Netanyahu e respondeu: “Claro. Sim, cumprimos a lei”. Ao contrário dos Estados Unidos e de Israel, a Alemanha ratificou adesão ao TPI.

Também à Fox News, o rabino Abraham Cooper, reitor associado do Centro Simon Wiesenthal em Los Angeles, afirmou: “Está além da nossa compreensão que qualquer governo alemão prenda o primeiro-ministro democraticamente eleito do Estado judeu por difamação de sangue. Ele deveria estar prendendo todos os antissemitas atacando os judeus nas ruas da sua nação. Nunca, nunca mais”, disse, citando o lema que relembra o Holocausto.

Na segunda-feira (20), o procurador do TPI, Karim Khan, anunciou que pediu mandados de prisão contra Netanyahu e o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, além de lideranças do grupo terrorista Hamas, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade no atual conflito no Oriente Médio.

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