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O Exército de Israel destruiu uma estrada vicinal construída como parte de uma campanha palestina para ajudar os moradores locais, numa aparente tentativa de limitar os esforços dos palestinos em estenderem seu alcance na Cisjordânia. Os moradores afirmam que a estrada lhes permitia chegar com facilidade aos seus campos em um vale próximo ao vilarejo, que fica no topo de um monte, e transportar as colheitas em carros, ao invés dos burros que eles usavam no passado.

Os militares israelenses disseram que a estrada foi construída ilegalmente em uma reserva natural. Hoje, soldados entraram em choque com jovens do vilarejo, que apedrejaram os militares, enquanto uma escavadeira fazia buracos no asfalto e tornava a estrada intransitável.

A estrada faz parte do projeto de dois anos do primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Salam Fayyad, de construir a infraestrutura para um futuro Estado palestino. Embora os palestinos tenham ampla autonomia nas cidades da Cisjordânia, 60% do território ainda permanece sob controle militar israelense.

Fayyad conduziu vários projetos pequenos em partes controladas pelos israelenses na Cisjordânia e afirma que Israel ignora as necessidades dos palestinos. A estrada destruída hoje, inaugurada no ano passado, era um desses projetos. Israel diz que os acordos interinos que estabeleceram a ANP também definem onde ela pode agir na Cisjordânia e que a entidade precisa seguir as leis.

No começo deste ano, ele ordenou a pavimentação de estradas em um vilarejo beduíno no Vale do Jordão, que Israel havia marcado para demolição. A ordem ainda não foi executada. Ele deu a outra comunidade um trailer para ser usado como escola, mas Israel destruiu o veículo dizendo que seu uso era ilegal.

O porta-voz do governo de Israel, Marc Regev, rebateu as críticas, as quais considerou "estranhas, considerando que sucessivos presidentes palestinos disseram que se um acordo de paz for alcançado com Israel, eles o levarão ao povo palestino para referendo. Por que eles acham que esse processo é bom para eles e não para nós?". As informações são da Associated Press.

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