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Mediadores da diplomacia egípcia iniciaram nesta segunda-feira conversações separadas com representantes do Hamas e de Israel para especificar detalhes de um acordo de cessar-fogo que deu fim a oito dias de troca de bombardeios. De acordo um funcionário egípcio, que não quiser ser identificado, o diálogo abordará as demandas palestinas para que Israel reduza a restrição de fronteiras na Faixa de Gaza, uma medida que poderia ajudar a acabar com seis anos de bloqueio do enclave costeiro governado pelo grupo islâmico.

O acordo de cessar-fogo, mediado pelo Egito, foi firmado na última quarta-feira, dando uma trégua a hostilidades que custou a vida de seis israelenses e 167 palestinos. No entanto, o texto do tratado estipulava que questões como acesso a fronteiras, livre migração de palestinos e transferência de bens começariam a ser negociadas depois de, no mínimo, 24 horas do acordo ter entrado em vigor.

Israel impôs restrições à Faixa de Gaza em 2006, depois da vitória eleitoral do Hamas, que não reconhece a existência do Estado de Israel. As limitações foram acentuadas - e apoiadas pelo Egito - quando o grupo islâmico tomou o controle da região após a guerra civil.

Algumas restrições a importações foram diminuídas ao longo dos anos, mas Israel ainda impõe uma longa lista de produtos proibidos, incluindo itens de construção civil que seriam supostamente usados para a fabricação artesanal de armas.

Mahmoud Al-Zahar, um dos representantes das negociações do Hamas, disse nesse fim de semana que o grupo queria a todas as quatro fronteiras de importações de produtos que funcionavam antes de 2006. Somente uma delas funciona atualmente, com um terminal reservado para palestinos e estrangeiros que são permitidos de entrar ou sair do território.

Na sexta-feira, tensões voltaram a ameaçar a paz entre Israel e a Faixa de Gaza, quando policiais israelenses mataram um palestino que teria tentado atravessar a fronteira. Temendo uma nova escalada de violência, o Egito exortou a polícia do Hamas para que reforçasse a segurança de fronteira e evitasse que mais civis tentassem furar o bloqueio.

Israel iniciou uma ofensiva aérea contra a Faixa de Gaza em 14 de novembro, sob a alegação de estar respondendo a militantes que estavam bombardeando seu território nos últimos dias.

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