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Israel elogiou na segunda-feira a decisão do governo norte-americano de parar de fazer pressão pelo congelamento nos assentamentos, enquanto o enviado dos EUA enfrentava a dura tarefa de fazer avançar o processo de paz depois do fracasso das conversas diretas entre israelenses e palestinos.

"Eu saúdo essa decisão americana. É boa para Israel. É boa para a paz", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que resistiu aos pedidos norte-americanos, palestinos e internacionais para uma moratória nas obras.

Com o fim das negociações frente a frente israelo-palestinas por causa do impasse com relação aos assentamentos, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, anunciou na sexta-feira que Washington voltaria a centralizar seus esforços num retorno às conversas indiretas.

O enviado dos EUA ao Oriente Médio, George Mitchell, que está mais uma vez na região para uma nova rodada diplomática, deveria se encontrar com Netanyahu nesta segunda e conversar com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, na terça-feira.

Hillary disse que os EUA pressionariam para resolver assuntos básicos do conflito que já dura seis décadas e esperava ouvir detalhes das posições israelense e palestina.

As questões incluem fronteiras, segurança, o futuro de Jerusalém e dos assentamentos no território que Israel ocupou numa guerra de 1967 e o destino dos refugiados palestinos.

"Para alcançar a paz, temos de discutir as questões que verdadeiramente estão adiando a paz. Eu saúdo o fato de que agora começaremos a discutir essas questões e tentaremos reduzir as distâncias", disse Netanyahu em discurso em Tel Aviv para um fórum empresarial.

As autoridades palestinas, que vinham criticando duramente uma mudança na política dos EUA, afirmaram que a seriedade de qualquer processo político futuro dependeria das fundações, incluindo a paralisação das obras de assentamento e termos claros de referência.

O comitê executivo da Organização para a Libertação da Palestina, que se reuniu na segunda-feira, disse que a política de Israel "ameaça a estabilidade da região" e mostra que suas prioridades são "assentamento, expansão e perpetuação da ocupação".

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