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O governo israelense fechou hoje a fronteira com a Cisjordânia. Israelenses e palestinos vivem um período de maior tensão, após o anúncio ocorrido na terça-feira de que Israel liberou a construção de mais 1.600 casas em Jerusalém Oriental, área que os palestinos querem como a capital de seu futuro Estado. Há ainda temor de que possa haver novos distúrbios na mesquita de Al-Aqsa.

A polícia israelense também impediu que homens com menos de 50 anos entrassem no complexo da mesquita, em Jerusalém. A área é sagrada tanto para muçulmanos quanto para judeus e houve ali confrontos na semana passada, quando manifestantes palestinos jogaram pedras em policiais israelenses.

O ministro da Defesa, Ehud Barak, ordenou que o Exército feche a Cisjordânia até a meia-noite de sábado, segundo um porta-voz do Exército, citando mais riscos de ataques. Desde o início da segunda Intifada palestina, em 2000, Israel fecha a Cisjordânia em feriados importantes, mas raramente em outras ocasiões.

O fechamento foi anunciado um dia após o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, concluir uma visita à Cisjordânia e a Israel para promover a retomada das negociações indiretas de paz entre os dois lados. A viagem foi ofuscada pelo anúncio do Ministério do Interior de Israel de que liberou a construção de mais 1.600 casas em Jerusalém Oriental.

O anúncio foi criticado pela administração norte-americana, provocando condenação internacional e também dúvidas sobre a possibilidade de as conversas indiretas avançarem. Após o anúncio, autoridades palestinas anunciaram que não pretendem retomar as conversas. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, exigiu garantias dos EUA de que Israel interromperá as construções em Jerusalém Oriental.

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