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Território ocupado

Israel intensifica os ataques

Depois de ouvir uma sirene indicando ataque com foguetes do Hamas, pessoas buscam proteção atrás de carros na cidade de Ashkelon, em Israel | Spencer Platt/ AFP
Depois de ouvir uma sirene indicando ataque com foguetes do Hamas, pessoas buscam proteção atrás de carros na cidade de Ashkelon, em Israel (Foto: Spencer Platt/ AFP)
Veja o avanço feito pelas tropas israelenses na área mais populosa da Faixa de Gaza |

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Veja o avanço feito pelas tropas israelenses na área mais populosa da Faixa de Gaza

Tropas israelenses realizaram ontem o avanço mais profundo na área mais populosa da Faixa de Gaza, encontrando resistência grande dos combatentes do grupo islâmico Hamas. Fontes médicas afirmam que pelo menos 20 palestinos morreram nos combates. Não houve registro de vítimas israelenses. No 16º dia da operação, Israel lançou suas forças de reserva contra o território palestino, informou o porta-voz do exército, o general de brigada Avi Benayahu.

Segundo informações dos serviços médicos da Faixa de Gaza, mais de 820 palestinos já foram mortos desde que Israel lançou a operação em 27 de dezembro do ano passado, metade dos quais eram civis. Treze israelenses foram mortos.

Testemunhas palestinas dizem que as tropas israelenses chegaram a um quilômetro dos bairros localizados mais ao sul da Cidade de Gaza, e a 500 metros do bairro de Sheikh Ajleen, no norte da cidade.

Os combates começaram antes do amanhecer e continuaram durante a manhã de ontem, enquanto a infantaria israelense e os tanques avançavam em direção à cidade de Gaza e seus cerca de 400 mil habitantes, segundo afirmaram testemunhas palestinas.

O Hamas e o grupo militante Jihad Islâmica disseram ter preparado emboscadas aos israelenses, levando a um dos combates mais fortes desde que Israel começou a ofensiva por terra no território, em 3 de janeiro. A troca de tiros continuou durante a tarde, com os israelenses tomando o controle de prédios no subúrbio do bairro. Após o anoitecer, as tropas israelenses foram vistas na principal rua de Sheikh Ajleen.

Militantes do Hamas lançaram diversos foguetes nas cidades israelenses de Beersheba e Sderot. O Hamas foi fortemente atingido pela ofensiva, mas continua a lançar foguetes de dentro de áreas residenciais palestinas, paralisando boa parte do sul de Israel.

Aviões israelenses bombardearam ontem alvos ao longo da fronteira de Gaza com o Egito perto da cidade de Rafah. A área abriga vários túneis usados para contrabandear armas e equipamentos para Gaza.

Autoridades de defesa de Israel dizem estar preparadas para uma terceira fase da ofensiva, na qual tropas na terra irão entrar ainda mais profundamente em Gaza. Entretanto, elas esperam pela aprovação do governo. A primeira etapa foi o bombardeio aéreo e a segunda consistiu na entrada de tropas por terra, na tomada de áreas utilizadas para o disparo de foguetes contra Israel e na tomada da Cidade de Gaza.

Falando em condição de anonimato, militares afirmaram que o exército israelense possui um plano para uma quarta fase da ofensiva – a total reocupação de Gaza e a derrubada do Hamas.

Líderes

Ontem, dois oficiais da Defesa de Israel afirmaram que o Hamas sofreu baixas importantes. De acordo com o chefe da inteligência, Amos Yadlin, o ataque intenso dos israelenses levou à morte de alguns líderes palestinos. "O Hamas não parece estar disposto a levantar nenhuma bandeira branca", disse Yadlin.

Autoridades de Israel afirmam que "muitos moradores de Gaza estão furiosos com o Hamas, por estarem provocando um desastre na cidade".

O líder o Hamas, Khaled Meshaal, disse que o movimento islâmico não está considerando um cessar-fogo, enquanto as operações aéreas, marítimas e ao redor de Gaza não terminarem. Ainda ontem, uma delegação do Hamas foi ao Cairo, no Egito, tentar alguma negociação.

De acordo com jornal Hareetz, o governo de Israel afirma que militares do Hamas têm tentado derrubar aviões de caça israelenses com mísseis, mas não estão tendo sucesso.

"Forças de segurança de Israel têm notado um grande esforço do Hamas em melhorar a capacidade militar. Alguns membros esconderam mísseis em mesquitas de Gaza e tentam contrabandear armas", informou o jornal.

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