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O governo israelense negou a entrada de um investigador especial da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira. O agente faria uma viagem aos territórios palestinos para documentar as condições de direitos humanos, disseram autoridades da ONU e de Israel.

A polícia de fronteira impediu a entrada Richard Falk, relator especial da ONU sobre procedimentos de Israel na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza, no aeroporto Ben Gurion, na região de Tel Aviv, no domingo.

Falk enfureceu Israel ao fazer comentários comparando as ações das forças do país na Faixa de Gaza às das forças nazistas no período de guerra na Europa. Ele foi colocado em um avião de volta para Genebra na segunda-feira.

Autoridades da ONU disseram que Falk, que é judeu, havia sido encarregado de preparar relatórios sobre violações dos direitos humanos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

"Ele estava vindo para cumprir suas ordens, encontrar pessoas e coletar informações de primeira-mão", disse uma autoridade da ONU.

Professor norte-americano, Falk é extremamente crítico sobre o que descreve como influência "pró-Israel" na política externa dos Estados Unidos.

Yigal Palmor, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, disse que Falk foi barrado pois seu mandato do Conselho de Direitos Humanos da ONU era "profundamente distorcido e considerado uma iniciativa anti-Israel".

"Isso não tem nada a ver com a promoção dos direitos humanos", disse Palmor, acrescentando que a tarefa de Falk só lhe permite relatar violações dos direitos humanos e da lei humanitária internacional por parte de israelenses nos territórios.

Israel argumenta que os ataques palestinos a alvos civis no país caracterizam uma quebra nos acordos globais, e deviam ser condenados.

O grupo de direitos humanos Adalah protestou sobre a decisão de Israel de deportar Falk, classificando-a como um "golpe severo nos direitos da população civil palestina que convive com a ocupação israelense".

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