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Bloqueio

Israel permitirá a entrada de itens civis na Faixa de Gaza

Jerusalém - O governo israelense anunciou ontem novas medidas para aliviar o bloqueio que impõe à Faixa de Gaza e informou que em breve permitirá a entrada no território palestino de todo o tipo de produtos, exceto armas e materiais que possam ser usados para fabricá-las. Um comunicado divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu indicou que o país publicará lista dos produtos proibidos e todos os outros que não estejam listados poderão ser enviados a Gaza.

A região foi bloqueada por Israel desde meados de 2007. Israel já havia levantado na quinta-feira a proibição a alguns itens em meio à pressão da comunidade internacional nos dias que se seguiram ao ataque a uma navio de paz que pretendia furar o bloqueio e denunciar a situação em Gaza. A comunidade internacional considerou as medidas iniciais insuficientes para melhorar as condições de vida dos 1,5 milhão de moradores de Gaza.

Em Washington, o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, saudou as novas medidas de Israel e disse que o país respondeu aos chamados da comunidade internacional. Ele informou que Netanyahu se reunirá no dia 6 em Washington com o presidente Barack Obama.

Graves erros

Um inquérito interno da Marinha de Israel apontou graves erros no ataque aos navios com ajuda humanitária que iam para Faixa de Gaza no dia 31 de maio, afir-

mou ontem o jornal israelense "Haaretz". Os militares concluíram que a unidade de soldados que invadiu o navio "Mavi Marmara" não estava preparada, não tinha informações suficientes e não acertou na sua aproximação com a embarcação turca. No confronto, nove turcos morreram e alguns militares israelenses foram feridos.

No entanto, a análise chegou à conclusão que devido às condições que não foram levadas em conta, os militares agiram de acordo com as circunstâncias. "Os soldados queriam usar seus uniformes cerimoniais, eles queriam estabelecer um diálogo com os passageiros e isso foi um erro", disse um oficial militar para a rádio Israel. "Mas em vista dos acontecimentos eles agiram de acordo", completou. Os investigadores afirmaram que o ataque deveria ter acontecido só depois que os ativistas fossem contidos com água disparada de mangueiras e granadas de fumaça.

Israel anunciou, na última segunda-feira, a criação de uma comissão com a participação de dois observadores estrangeiros para investigar o ataque à frota.

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