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O governo israelense rejeitou nesta sexta-feira os apelos para que o chefe do serviço de espionagem internacional do país, o Mossad, fosse preso por suposta responsabilidade na morte de um líder do Hamas.

"A polícia de Dubai não forneceu prova para incriminá-lo", disse um alto funcionário de Israel, que pediu anonimato.

O comandante da polícia de Dubai, Dahi Jalfan, afirmou nesta sexta-feira (18)querer que o chefe do Mossad, Meir Dagan, seja preso caso a agência comandada por ele seja responsável pelo assassinato, no mês passado, de Mahmoud al-Mabhouh, um alto comandante do movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza.

"Até o dia de hoje, não há informações sobre o ocorrido. A polícia de Dubai nem sequer explicou as circunstâncias da morte, nem deu qualquer prova de que ele tenha sido assassinado. Tudo que há são vídeos de pessoa falando ao telefone", afirmou o funcionário do governo de Israel.

Mabhouh, um dos fundadores do braço militar do Hamas, foi encontrado morto em um quarto de hotel em Dubai no dia 20 de janeiro. A polícia afirma que ele seguiria para a China, e depois para o Sudão. A viagem seria para comprar armas.

Nenhum governo acusou diretamente Israel, mas o chefe de polícia de Dubai, general Dahi Khalfan Tamim, disse que quase certamente o líder do Hamas foi morto pelo Mossad.

A agência de espionagem israelense já utilizou no passado passaportes falsos para realizar ações similares. O funcionário israelense ainda considerou "ridículas" as ameaças de prisão do chefe do serviço secreto pedidas pelo chefe da polícia de Dubai

A Interpol emitiu hoje mandados de prisão para 11 suspeitos - seis com passaportes britânicos, três com irlandeses, um com documento francês e outro com o alemão - por envolvimento no crime. Ele ainda minimizou a convocação dos embaixadores israelenses na Grã-Bretanha, Irlanda, França e Alemanha pelo suposto uso de passaportes falsos. "Israel foi apenas convidado a ajudar a investigar o uso dos passaportes", disse.

Outro responsável de Israel, citado hoje pelo jornal israelense Haaretz, afirmou que "levando em conta a ausência de provas", a agitação criada pelo assunto logo perderá força.

Os veículos de comunicação israelenses continuam sugerindo que o Mossad seja o responsável pela morte de Mabhouh. O Hamas assegurou hoje que dois ex-oficiais da organização rival palestina Fatah estavam envolvidos no assassinato. O grupo respondeu a acusação, insinuando que membros do próprio Hamas colaboraram com os assassinos.

Novos Passaportes

Londres ofereceu novos passaportes a seis cidadãos que vivem em Israel e cujas identidades foram usadas pelos suspeitos do crime em Dubai. A medida visa a evitar que eles sejam presos pela Interpol.

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