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As autoridades italianas coordenaram nesta terça-feira uma ampla operação policial contra o terrorismo internacional em seu território, na França e em Portugal, na qual 20 pessoas, a maioria tunisianas, receberam ordem de detenção.

Os suspeitos foram acusados pela justiça de Milão de recrutar terroristas suicidas para enviá-los ao Iraque e Afeganistão.

"Podemos confirmar a execução de 20 ordens de detenção", disse à AFP um porta-voz da polícia de Milão.

A polícia iniciou a operação durante a madrugada por ordem da procuradoria de Milão, que emitiu 20 ordens de detenção contra cidadãos estrangeiros, acusados de formar células "salafistas e jihadistas" e de preparar atentados suicidas no Iraque e Afeganistão, segundo a imprensa.

No entanto, segundo uma fonte policial, a célula salafista não teria planejado nenhum atentado na Itália.

No total 11 pessoas foram detidas na Itália. Outras nove estavam fora do país es são objetos de ordens de prisão continental.

A operação também envolve França e Portugal. Na Itália se estende a várias regiões do norte do país e tem como base interceptações telefônicas e de ambiente, já que os suspeitos não freqüentam mesquitas.

Segundo a imprensa italiana, a operação é resultado de uma investigação iniciada em 2004 na região da Liguria a respeito do desmantelamento, em 2002, de uma célula islâmica radical baseada na Itália, durante a operação "Bazar"..

As detenções nos meios islâmicos na Itália têm como principal objetivo as células encarregadas de logística, falsificação de documentos e arrecadação de fundos.

Em 21 de julho a polícia prendeu três marroquinos em Perugia sob suspeita de pertencer a uma célula jihadista ligada à Al-Qaeda e de treinar para executar atos terroristas.

No dia 28 de setembro, um iraquiano foi detido no aeroporto de Veneza acusado de pertencer à Al-Qaeda e suspeito de integrar um grupo terrorista responsável por vários seqüestros e atentados no Iraque.

A maioria das pessoas com ordem de detenção tem nacionalidade tunisiana, confirmou o ministro do Interior, Giuliano Amato. Eles recrutavam militantes para enviar ao Iraque e Afeganistão.

Um tunisiano foi detido na França e outro em Portugal.

Durante a operação, os agentes apreenderam manuais da Al-Qaeda para a produção de explosivos, detonadores eletrônicos com comando a distância, venenos e manuais de guerrilha.

Os suspeitos também foram acusados de falsificação de documentos de identidade, de cumplicidade com a imigração clandestina e fuga de pessoas procuradas pela justiça.

"Com a operação antiterrorista decapitamos uma rede que atuava na Europa, em particular na Itália", afirmou Amato.

Os suspeitos usavam vários apartamentos em diferentes cidades da Itália e se deslocavam sem problemas dentro do velho continente.

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