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A identidade de um brasileiro foi confirmada neste sábado (28), pelo Itamaraty, como sendo uma das vítimas da chacina de 72 imigrantes latino-americanos no estado de Tamaulipas, nordeste do México. A família do brasileiro ainda não foi avisada e, por isso, ainda não é possível divulgar seu nome.

Segundo a assessoria do Itamaraty, outro documento de origem brasileira foi encontrado com as vítimas, mas o corpo ainda não foi identificado.

Até sexta-feira haviam sido reconhecidos 31 dos 72 corpos - entre eles 14 hondurenhos, 12 salvadorenhos, quatro guatemaltecos, além do brasileiro. As tarefas prosseguem neste sábado (28), embora, até o momento, não tenham sido divulgados detalhes.

O massacre ocorrido em Tamaulipas foi atribuído por um sobrevivente equatoriano a integrantes do cartel Los Zetas.

Dos 400 mil imigrantes que atravessam o México para chegar aos Estados Unidos, "a maioria é vítima de redes internacionais de contrabando, do tráfico de pessoas e de drogas; muitos não conseguem chegar a seu destino", denunciou em Genebra Navi Pillay, titular do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (Acnudh).

Atentado Um carro-bomba explodiu na frente das instalações da gigante de comunicações Televisa, na sexta-feira, sem deixar feridos. O atentado ocorreu no mesmo estado em que foi feita a descoberta a chacina. Em uma aparente campanha de intimidação contra os meios de comunicação, o veículo explodiu a alguns metros da entrada dos estúdios da Televisa, situada em uma zona residencial da capital do Estado, Ciudad Victoria, 350 quilômetros ao sul da fronteira com o Texas.

Investigador assassinado

Tamaulipas converteu-se no cenário de alguns dos episódios mais violentos relacionados ao narcotráfico em meio à disputa por rotas e territórios do cartel do Golfo com o grupo rival, Los Zetas.

Um agente do Ministério Público que investigava o massacre - o maior desde que o governo lançou uma campanha contra os cartéis do narcotráfico - apareceu morto na sexta-feira, um dia após seu desaparecimento, informou o jornal "El Universal".

No popular balneário de Acapulco, no Pacífico, foram encontrados em diferentes pontos corpos de 14 pessoas executadas, todos amordaçados, e acompanhados de mensagens dirigidas a narcotraficantes rivais, disse um porta-voz da Secretaria de Segurança Pública do estado de Guerrero.

Em meio à onda de assassinatos pela violência do narcotráfico, mais de 28 mil pessoas foram mortas em todo o país, incluindo civis inocentes, desde dezembro de 2006.

O presidente Calderón disse nesta sexta-feira que seu governo continuará enviando forças federais a Estados e municípios "para conter a ação dos criminosos", como parte das operações antidrogas lançadas há quase quatro anos.

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