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Taro Aso: desafio de recuperar país | Toru Hanai/Reuters
Taro Aso: desafio de recuperar país| Foto: Toru Hanai/Reuters

Tóquio - O partido governista do Japão elegeu como seu novo presidente Taro Aso, um político veterano mais inclinado a implementar medidas fiscais para estimular a economia do que em manter a disciplina orçamentária. A eleição de Aso garante sua escolha como primeiro-ministro na votação parlamentar de amanhã. Mas, com as eleições gerais ocorrendo provavelmente no início de novembro, não está claro quanto tempo ele conseguirá se manter no poder.

Aso obteve 351 dos 525 votos no Partido Liberal Democrático (PLD) e derrotou quatro concorrentes, incluindo o ministro da Economia, Kaoru Yosano. A eleição sucedeu a surpreendente renúncia do ex-presidente do partido e ex-primeiro-ministro Yasuo Fukuda. Com 68 anos, Aso é neto do ex-primeiro ministro Shigeru Yoshida, a quem se atribui o estabelecimento das bases para a recuperação e o crescimento econômico do Japão no pós-guerra. "Eu estou comprometido em vencer as eleições e tomar novas medidas para alcançar a recuperação econômica e as reformas", disse Aso.

Durante a campanha para a presidência do PLD, Aso se distanciou da posição reformista e antiestatizante do ex-primeiro ministro Junichiro Koizumi, que ajudou a reanimar a economia do país após o estouro da bolha imobiliária do início da década de 1990. Ao invés disso, o novo líder do PLD argumentou que é melhor usar a política fiscal de forma flexível para recolocar a economia japonesa no caminho da recuperação. Três anos de medidas fiscais apropriadas, como isenções de impostos, são necessárias para isso, afirmou.

Porém, a reação do mercado à eleição de Aso e à escolha de seu novo gabinete provavelmente será minimizada pela expectativa de que ele dissolva a Câmara Baixa e convoque eleições antecipadas para o início de novembro.

"A economia está em contração. As pessoas estão preocupadas com suas vidas após a aposentadoria. Eu acredito que minha principal missão será reduzir essas preocupações", disse Aso.

A oposição japonesa, cansada dos mais de 50 anos de governo do PLD, quer antecipar as eleições. Se eleito primeiro-ministro, Aso, que viveu no Brasil no final da década de 1960, será o primeiro católico romano a governar o Japão. Aso viveu em São Paulo, onde dirigiu uma indústria de cimentos.

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